O treinador do Paços de Ferreira, Jorge Simão, manifestou hoje oposição à reabertura do mercado de transferências no mês de janeiro, por considerar que "retira tranquilidade" ao trabalho normal das equipas profissionais de futebol.

Jorge Simão, que falava à margem da conferência de antevisão ao jogo de sábado em Coimbra, com a Académica, incluído na 18.ª jornada da I Liga, primeira da segunda volta, argumentou que, "até ao final do mês, todos os dias pode aparecer uma situação inesperada", o que condiciona o trabalho.

"Este é um período que não faz muito sentido, porque não há tranquilidade para trabalhar e, por isso, tento nem sequer pensar nisso", disse Jorge Simão, para quem o mercado de transferências deveria "funcionar apenas no final de cada época, até ao início da seguinte".

O técnico pacense não deixou, no entanto, de comentar o reingresso de Cícero, ao afirmar que "foi uma oportunidade que surgiu", possibilitando "o regresso de um filho a casa", por se tratar da terceira vez que tal acontece com o internacional guineense.

Jorge Simão evitou associar o regresso de Cícero a uma eventual saída de Bruno Moreira, o goleador da equipa e o melhor português do campeonato, com 11 tentos, a quem reconheceu, no entanto, legitimidade de ambicionar projetos mais ambiciosos.

"[Bruno Moreira] É um avançado fantástico. Para além dos números que apresenta, é um jogador que me tem surpreendido, tem um tipo de movimentação particular, pouco comum nos nossos avançados e, pela importância que tem tido no Paços, é legítimo ambicionar clubes de maior dimensão", concluiu.