O antigo jogador do Benfica José Augusto anteviu um jogo equilibrado com o FC Porto, considerando que o “fator casa” pode fazer pender a balança a favor dos lisboetas no “clássico” da 21.ª jornada da Liga de futebol.

José Augusto, que também treinou os “encarnados”, desvalorizou os maus resultados recentes do Benfica, que permitiram que o FC Porto o apanhasse na liderança do campeonato, e relativizou a importância do “clássico” de sexta-feira para a decisão do título, apesar de reconhecer que o triunfo é «um passo» nesse sentido.

«Jogar em casa é um fator importantíssimo e para o Benfica é realmente importantíssimo porque vão lá estar os seus 60 mil adeptos a puxar pela equipa», observou José Augusto, em declarações à Agência Lusa, mas lembrando que o FC Porto «está no auge da luta pelo título com o Benfica» e «também já ganhou várias vezes no Estádio da Luz».

Para José Augusto «o título não se decide com o resultado deste jogo, porque ainda existem mais oito ou nove jogos», mas o ex-jogador benfiquista reconheceu que «ganhar este jogo é realmente um passo que se dá para a conquista do título».

O antigo selecionador nacional admitiu que «os últimos resultados não agradam», em referência à derrota em Guimarães, por 1-0, e ao empate 0-0 com a Académica, que desbarataram uma vantagem de cinco pontos para o FC Porto e colocaram os campeões lado-a-lado no topo da classificação, mas acredita na recuperação psicológica das “águias”.

«Os jogadores terão que pensar bem, porque o título é a única coisa que interessa ao Benfica. Há que moralizá-los, conversar e no aspeto psicológico fazer com que os jogadores sintam a verdadeira mística do clube. E ela vai estar presente. O 12.º jogador vai estar presente, vai apoiar. É natural que eles sintam que isso é um fator que dá confiança e moral», antecipou.

José Augusto considerou que qualquer jogador das duas equipas pode decidir o encontro, «até os defesas», e advertiu que não se deve perder de vista o Sporting de Braga, terceiro classificado, que «também está na luta e é uma equipa que está a criar dimensão».

Dos confrontos com o rival portuense, o antigo extremo direito benfiquista, que jogou ao lado de Eusébio, recorda com mais agrado a final da Taça de Portugal de 1963/64. «Ganhámos por 6-2, marquei dois golos e dei mais não sei quantos a marcar», lembrou.