No final da partida que ditou uma derrota por 6-0 do Estoril diante do Benfica, José Couceiro estava agastado com o resultado e deixou críticas à equipa.

"Nós entramos de forma muito passiva no jogo. A primeira parte foi má e fomos demasiado passivos. Não vou arranjar desculpas e justificações. Há muita falta de confiança. O jogo com o Benfica nunca é o jogo ideal, ainda mais na Luz", começou por dizer em conferência de imprensa.

José Couceiro voltou a queixar-se novamente da arbitragem, acusando João Capela de excesso de zelo.

"A expulsão do Esiti mostra muita falta de bom senso. Não posso deixar passar em claro porque demonstra o que se passa connosco e o que se tem passado nos últimos jogos. Já no jogo com a Académica passou-se o mesmo. Também tenho muitas dúvidas no penálti. O jogo no intervalo estava decidido. Depois chegou o seis zero e é um resultado muito pesado".

O técnico não se quis refugiar no grande número de baixas no plantel para justificar o resultado, embora tenha falado sobre o tema e relembrou a juventude do seu plantel.

"Os jogadores todos que perdemos e as lesões não ajudam. Em alguns momentos do jogo faltou-nos experiência. Demos a responsabilidade a muitos jovens e acho que não é bom para jogadores que estão a fazer o primeiro ano na primeira liga. Em momentos destes, isso obviamente que tem repercussões".

Couceiro diz que a inexperiência do seu plantel pode ter pesado no desfecho final do jogo e defendeu Esiti que foi expulso no decorrer do jogo.

"Fazer crescer jogadores nesta situação é mais difícil. Se há uma perda de confiança é mais difícil. Se se chega a uma conclusão que uma alteração técnica é o melhor… Eu tenho que defender os meus jogadores. O Esiti é um jogador com muito potencial mas não é igual ao Gonçalo Santos [jogador vendido ao Dínamo de Zagreb no início da época]. É necessário que os índices de confiança sejam renovados e as coisas trabalham-se para serem alteradas".

O timoneiro somou a quinta derrota consecutiva, mas deixa uma decisão sobre a sua saída nas mãos da direção.

"Nós vamos fazer uma análise a isso. Se o treinador for parte do problema é mais fácil. As derrotas não dão confiança a ninguém. As vitórias é que dão. Se tivéssemos feito dois ou três pontos mesmo com esta goleada era diferente. Quando eu vim para o Estoril o que me foi pedido era uma época de transição e que a equipa se mantivesse na primeira liga. Nesse sentido, a equipa não está longe disso".