José Couceiro, treinador do Vitória, analisou a partida depois da goleada imposta pelo Benfica no estádio da Luz.

Momento difícil

"As coisas correram todas mal, mas não foi por falta de empenho. O momento é difícil. Este resultado não é reflexo de tudo. É um resultado muito pesado. Cometemos erros que normalmente não cometemos e fomos fortemente penalizados.Obviamente é um momento difícil. Não é por se fazerem declarações públicas que se resolvem os problemas. Em termos pontuais estamos num luta em termos classificativos. Não é isto que se abana a equipa. Há decisões que têm que ser tomadas. (...) Toda a gente tem que estar em sintonia e puxar para o mesmo lado. Esse é ponto fulcral. Perder por estes números é sempre muito penalizador. Agora as medidas têm que ser tomadas".

Lesão de João Amaral e Vasco Costa

"Condicionou o João, como o Vasco. Em relação ao Vasco é uma lesão ligamentar. Em relação à lesão do João, será uma contratura. Mas é cedo para se fazer essa avaliação. Os jogadores quando não estão obviamente criam problemas à equipa. Não passa pelo A ou pelo B. Passa por questões estruturais".

Admite assumir outras funcões dentro do Vitória?

"Essa questão não se coloca. O problema é visível, existe. É para ser tratado dentro de quatro paredes. As nossas são assumidas claramente. Eu sou exclusivamente o treinador do V. Setúbal".

Demissão

"Desde o início que eu sou parte da solução ou do problema. Ninguém está acima do Vitória. Nem sequer há hipótese de discussão. Eu não terei qualquer tipo de função. Quando se entender que o problema passa por aí, o problema está resolvido na hora. Não é por aí. Não as temos que abordar em conferência de imprensa. É o momento de ter alguma frieza".

Sente-se um treinador cansado e desgastado?

"É uma pancada grande, é um momento crítico do Vitória. Não é por falta de empenho. Houve erros nossos. O pior que se pode fazer é tentar tapar o sol com uma peneira. Emocionalmente estamos sempre constrangidos".