O candidato à presidência do Sporting José Couceiro apresentou hoje a sua lista de candidatura e traçou as linhas mestras do seu programa, entre as quais «uma gestão desportiva eficaz e competente e medidas dolorosas no plano financeiro».

«Se o Sporting chegou aqui foi devido a uma péssima gestão desportiva e não por falta de meios. Isso que fique claro», disse José Couceiro, prometendo uma «aposta forte na Academia» e «processos claros e transparentes» a nível da política de contratações.

No plano financeiro, alertou para a necessidade de «medidas dolorosas» para reverter a situação financeira «muito grave» em que o Sporting se encontra, cuja dimensão «ainda não se tem a noção exata», e anunciou a criação de uma comissão económico-financeira e estratégica, constituída por «reputados economistas», que vai assessorar o presidente do Conselho Diretivo.

Nesse sentido, José Couceiro aludiu ao «grave problema de sustentabilidade financeira e económica» que o Sporting vive, fruto de «explorações deficitárias», o que vai obrigar a proceder a uma «forte redução dos custos operacionais», que terão de passar a ser «inferiores às receitas».

Prometeu «abrir o capital social da SAD», revelando que estão a ser considerados vários modelos nesse sentido, mas garantiu que «os superiores interesses do Sporting serão salvaguardados em qualquer caso», sem especificar de que forma.

Na área patrimonial, o candidato prometeu tudo fazer para que o pavilhão para as modalidades «venha a ser uma realidade» e que o mesmo seja edificado «junto ao estádio de Alvalade», por entender que o espaço onde as equipas do clube vão atuar terá de ser «perto de casa, onde pulsa a alma sportinguista».

«Temos uma equipa coesa, solidária, competente, com “know-how” e experiência para salvar o Sporting do abismo, sabendo os obstáculos que nos esperam», disse Couceiro, que quer, definitivamente, «marcar a diferença a nível da gestão desportiva», que tem sido desastrosa, com consequências nefastas na situação económico-financeira.

De acordo com o lema escolhido para a campanha, “Falar Verdade, Todos pelo Sporting”, garantiu aos sportinguistas que fará uma campanha pela positiva, «sem propostas demagógicas e irrealistas» e que irá procurar «unir a família» sportinguista, «ouvir os sócios», com quem abordará os problemas de forma «frontal e séria» e avançará com «soluções para os resolver».

Não ignorou a situação vivida atualmente pelos funcionários do clube, com quem se manifestou «solidário», assegurou que irá «valorizar e credibilizar» a marca Sporting, reforçou a «aposta nas escolas Academia», cuja gestão pode ser «muito mais eficiente» e prometeu criar um «Gabinete de Apoio aos atletas de alto rendimento para potenciar o seu rendimento».