O novo treinador do Marítimo, José Gomes, adiantou hoje que existe qualidade suficiente no plantel, que ocupa a penúltima posição da I Liga de futebol, para reverter a situação.

“É extraordinariamente prestigiante estar aqui, mesmo sabendo da realidade, porque não podemos fugir dela. Vai ser duro e difícil, mas pela análise que fizemos em relação ao plantel, e disse-o hoje de manhã aos jogadores, há qualidade suficiente para revertermos esta situação”, afirmou o técnico, que regressa ao emblema insular após ter orientado a equipa na temporada 2019/20.

O treinador natural de Matosinhos acredita que a solução para alavancar o Marítimo está nos jogadores que já integram o plantel, apesar de admitir mais algumas entradas.

“A realidade é que independentemente dos ajustes que possam ser feitos e aqueles que estão a ser feitos no plantel, a solução está nestes jogadores. Podemos ter o reforço de um, dois ou três, mas o grande núcleo de força está neles”, frisou, revelando que foi a análise às valências da equipa que o motivaram a aceitar o desafio.

No período entre a saída de João Henriques e a entrada de José Gomes no cargo técnico, o Marítimo promoveu algumas alterações no plantel principal, afastando oito jogadores do trabalho com a restante equipa.

Leo Andrade, Joel Sonora, Clésio Baúque, Miguel Sousa, Lucho Vega, Gonçalo Cardoso, António Zarzana e o guardião Matous Trmal estão na lista, sendo os dois últimos cedidos a título de empréstimo pelos espanhóis do Valência e Vitória de Guimarães, respetivamente.

Questionado sobre se as dispensas já seriam da sua responsabilidade, José Gomes negou, adiantando que “a partir deste momento as coisas serão feitas em comunhão”.

“Estamos a trabalhar agora em conjunto. Uma direção não está parada à espera. Foram trabalhando e muito bem, portanto fizeram aquilo que acharam que tinham de fazer para resolver os problemas”, frisou o ‘timoneiro’ que encontra a equipa na 17.ª e penúltima posição da I Liga, em zona de descida direta, com apenas seis pontos somados.

O presidente Rui Fontes foi igualmente questionado sobre o afastamento dos oito elementos do plantel principal, adiantando que “serão encontradas soluções adequadas para cada um dos jogadores, em função das dificuldades e necessidades que o Marítimo tem”.

O dirigente que assume agora clube e sociedade anónima desportiva (SAD) lembrou que a equipa “vive um dos períodos mais críticos de uma história que sempre honrou a Madeira”.

“O que aconteceu até este momento não é para esquecer. É para lembrar e nunca mais repetir. O Marítimo exige mais de cada um de nós. A paixão com que os maritimistas vivem o clube exige mais de nós. Basta recordar o apoio que esta equipa teve nos últimos jogos, perante a crise que todos sentimos, os adeptos encheram o estádio”, sublinhou Rui Fontes, perante todo o plantel, que marcou presença na conferência de imprensa.

O líder ‘verde rubro’ adiantou ainda que a SAD maritimista “está a trabalhar para reforçar a equipa conforme os desejos de todos”.

Quanto a José Gomes e respetiva equipa técnica - composta por André Bikey, como treinador adjunto, Jorge Baptista, treinador de guarda-redes, Cláudio Lopes, analista e adjunto, e João Penedo, com a mesma função – Rui Fontes afirmou que o Marítimo e os maritimistas depositam muita confiança no seu trabalho.