José Mota é o maior credor da SAD do Vitória de Setúbal, entre todos os antigos jogadores e treinadores do clube. O técnico, que comandou os sadinos entre fevereiro de 2012 e outubro de 2013, exige 165 mil euros em falta ao clube e garantiu que não vai desistir de receber aquilo a que tem direito.

"Pode haver acordo mas vão ter de pagar", começou por dizer José Mota ao jornal Record. "Uma coisa deve ficar clara: esta verba não é de qualquer acordo para rescisão, é apenas fruto do meu trabalho", acrescentou o técnico, que esteve um ano sem receber no Vitória.

"No meu último ano em Setúbal não recebi qualquer vencimento. Não havia dinheiro para todos e disse à direção para pagar primeiro aos jogadores. A dívida foi aumentando mas nem quando venderam o Rúben Vezo ao Valência - nessa altura entrou dinheiro - pagaram à equipa técnica", disse.

Depois de ter deixado o Vitória de Setúbal, José Mota recebeu 12 cheques pré-datados mas apenas foi possível levantar o valor referente ao primeiro. Por causa disso, chegou mesmo a haver uma queixa-crime contra o filho do presidente, Paulo Oliveira, administrador da SAD: "O segundo [cheque] já não tinha cobertura e acabei por avançar com uma queixa-crime contra ele, mas como ele não tem bens para pagar a dívida não recebi mais nada."