O advogado João Correia, que representa o Benfica, esclareceu hoje que os ‘encarnados’ têm de aperfeiçoar a petição inicial contra o ex-treinador Jorge Jesus, por a juíza não considerar os factos relatados nos jornais.

“Não há nenhuma ineptidão, o que há é que a juíza não acredita nos jornais. O que está nos jornais, para a juíza, não é suficiente. Entende que os factos que os jornais relataram em 2015 têm de ser transformados em factos que não estejam nos jornais. A juíza diz que o jornal não é matéria de facto suficientemente plausível para ser evocada”, referiu.

Em declarações à agência Lusa, João Correia reforçou que “não há nenhuma ineptidão” e que a juíza do processo que o Benfica demandou contra Jorge Jesus “mandou aperfeiçoar a petição inicial”. Aperfeiçoar quer dizer aperfeiçoar e não destruir.

“Há um mero aperfeiçoamento que será feito, sendo que a juíza já marcou julgamento para quatro quintas-feiras de janeiro. Se a ação estivesse perdida não iria haver julgamento”, referiu.

Alguns órgãos de comunicação social noticiaram hoje que a juíza do processo teria declarado inepta a petição dos ‘encarnados’, que teriam 10 dias úteis para reformular a queixa para evitar que a petição fosse considerada nula.

João Correia considerou que estas notícias são “uma subversão gravíssima da realidade” e que “há uma campanha surda”, lembrando que apenas cinco pessoas conheciam a decisão da juíza: “eu e o dr. Rui Gomes da Silva, o Rogério Alves e o seu colega de escritório [que defendem Jorge Jesus], e a juíza”.

O Benfica pede a Jorge Jesus uma indemnização de 14 milhões de euros por incumprimento de contrato, contactos mantidos com um funcionário do Sporting ainda durante a vigência do anterior vínculo e pela apropriação de 'software' confidencial do clube.

Jorge Jesus trocou o Benfica pelo Sporting no final da época 2014/2015, depois de seis temporadas ao serviço dos ‘encarnados', pelos quais conquistou 10 títulos, entre eles, três de campeão nacional.