"Os juízes desembargadores abstiveram-se de enfrentar a matéria de um recurso, que consistia na questão de saber o efeito de um outro", disse à Agência Lusa o advogado que defende o presidente da Académica.
Apesar da recusa em apreciar o recurso, Rodrigo Santiago disse estar convicto de que este acto poderá "ter algum reflexo na celeridade processual", pelo que prevê a marcação do julgamento para "entre o Natal e a Páscoa" dos oito crimes de que é indiciado José Eduardo Simões.
O presidente da Académica é acusado num primeiro processo de quatro crimes de corrupção passiva por acto lícito e quatro crimes de corrupção passiva por acto ilícito, cuja moldura penal poderá ir de um a oito anos de prisão.
José Eduardo Simões, enquanto era director do urbanismo de Câmara Municipal de Coimbra, entre 2002 e 2005, foi indiciado de ter beneficiado alguns elementos do ramo imobiliário na aprovação de licenças de construção em troca de donativos para a Académica, tendo sido inclusivamente encontrados na sua viatura vários envelopes com dinheiro, que o mesmo alegou ser para pagar aos jogadores do plantel academista.
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