O Leixões, da II Liga de futebol, pretende que no primeiro ano do Campeonato Nacional Sub-23 haja Zona Norte e Zona Sul, passando para 2019/20 a distribuição em primeira e segundas divisões proposta pela Federação Portuguesa de Futebol.

Em declarações à agência Lusa, o presidente da SAD do Leixões traçou as linhas gerais de uma proposta que "será entregue, por escrito, na próxima reunião na FPF", agendada para depois da Páscoa e que decorre "da insatisfação da maioria dos clubes da II Liga", assegurou.

Segundo Paulo Lopo, a proposta da federação de criar uma primeira e segunda divisão pensada a partir da atual composição da I e II Liga "não agradou", justificando que em junho "o cenário será diferente com as subidas e descidas que vão verificar-se", numa alusão aos dois que serão despromovidos ao segundo escalão e aos dois que seguem o caminho oposto.

Afirmando ter, para já, a "concordância do Real Massamá, Oliveirense e Cova da Piedade", o líder da SAD do clube de Matosinhos entende que a futura prova "defenderia mais os interesses dos clubes formadores se seguisse a classificação das equipas que estão a disputar a fase final do campeonato nacional Sub-19".

"Assim sim, estariam a ser defendidos os interesses dos clubes formadores", sustentou o dirigente, citando como alternativa dos clubes "atualmente sem formação" para competir em Sub-23 “’roubar' aos clubes formadores os jogadores que precisariam para montar os seus plantéis".

Prevendo duas zonas com, pelo menos, 12 equipas cada, os seis melhores de cada uma das séries apurar-se-iam depois para o que seria, a partir de 2019/20, a primeira divisão, ocupando os restantes 12 o segundo escalão, sendo o campeão em 2018/19 apurando numa fase final a quatro equipas.

"Desta forma estaríamos a valorizar o mérito e não a prestar vassalagem, como parece ser o que a FPF quer fazer, aos clubes com equipas B", acusou Paulo Lopo para quem no futebol português os clubes "formadores não são, necessariamente, os que estão na I Liga".