O Sporting apresentou um recurso para o Tribunal Federal Suíço (TFS) para suspender o pagamento imediato da indemnização à Doyen no 'caso Rojo', decretada este ano pelo Tribunal Arbitral do Desporto (TAS) no valor de 14 milhões de euros (ME), alegando uma difícil situação financeira para justificar a sua posição.

Segundo o jornal Record, o clube pediu a um revisor oficial de contas (ROC) que fizesse um retrato fiel da situação financeira, no qual os leões assumem várias conclusões 'dramáticas' caso fossem forçados a pagar os 14 ME ao fundo de investimentos. "Desde 30 de setembro de 2015, as finanças deterioraram-se e o Sporting prevê que o défice total de tesouraria ascenda a 10,1 ME por ano até 30 de junho de 2016", refere o ROC, acrescentando: "A tesouraria e o crédito disponível a 20 de janeiro ascende a cerca de 9,3 ME. Este montante é insuficiente para pagar o valor sentenciado, mesmo sem considerar outras obrigações financeiras atuais".

O ROC indicado pelo clube alega também que o "passivo corrente do Sporting (excluindo empréstimos bancários) excede os ativos disponíveis em 1,7 ME" e que "a tesouraria atual do Sporting não lhe permite pagar imediatamente, e executar obrigações financeiras de curto prazo com jogadores, treinadores e outros credores".

Paralelamente, o Sporting alega estar também fortemente limitado pelo processo de reestruturação financeira, no qual se comprometeu a não contrair "dívida adicional de outras fontes próximas de financiamento" e que "50% dos lucros decorrentes das transferências de jogadores, por valores superiores a 8,4 ME, serão alocados para o pagamento da dívida".

Recorde-se que o TFS é a última instância que permite o recurso de uma sentença do TAS, sendo que qualquer que seja a sua decisão neste caso, ela será sempre a decisão final do processo.