O Levezinho quebrou o jejum de sete jornadas sem golos e ‘facturou’ logo aos cinco minutos, quando as equipas estavam ainda a tentar encaixar-se. O ponta-de-lança do Sporting fugiu aos três centrais do V. Setúbal e não desperdiçou a primeira ocasião de golo dos leões, após uma excelente assistência de Matías Fernández. Isolado perante Nuno Santos, o número 31 rematou forte de fora da área para fazer o golo.
O golo madrugador animou o Sporting para a sua melhor fase no jogo, mas cedo se esfumou a ideia de um regresso às boas exibições. Perante uma réplica quase inexistente do V. Setúbal, os leões – hoje com Izmailov entre os titulares, sete meses depois – mostraram-se satisfeitos com a vantagem e nunca forçaram o ritmo.
Aos 26’, o árbitro invalidou bem um lance que daria golo aos sadinos. Keita beneficiou de uma confusão na área, após livre de Alvaro Fernandez, para bater Rui Patrício, mas Elmano Santos ajuizou bem o lance, por fora-de-jogo. E foi este o único momento que deu esperanças por alguns instantes aos adeptos sadinos.
Se a qualidade da primeira parte já não era muita, pior ficou no segundo tempo. Aos 51’, Pereirinha (substituiu Izmailov ao intervalo) esteve muito perto de fazer o segundo golo dos leões. João Moutinho desmarcou bem o extremo, que bateu Nuno Santos, mas Zoro surgiu a cortar a bola quando esta se encaminhava já para a baliza sadina.
Se os sadinos até estavam a esboçar uma (frágil) reacção, as aspirações caíram por terra com a ‘traição’ de André Pinto, que viu dois cartões no espaço de dois minutos (64’ e 65’) e deixou a equipa com 10 jogadores. Se as coisas já não eram fáceis, mais complicadas se tornaram. Zoro e Zahabi chegaram a discutir em campo, num evidente sinal do desnorte sadino. E de nada serviram as substituições sadinas para mudar o rumo da situação.
O encontro arrastou-se então numa letargia colectiva até que Liedson voltou a mostrar a sua eficácia (89’). O avançado resolveu o jogo num lance caricato. O internacional português voltava do ataque depois de estar em posição irregular, mas Elmano Santos deixou a jogada seguir; só Nuno Santos não percebeu isso e passou a bola para o raio de acção do Levezinho, que atirou assim para a baliza deserta, sentenciando a partida com o 0-2 final.
Mais do que a exibição, salvou-se o regresso aos triunfos da equipa de Carlos Carvalhal na Liga.
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