A Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) elogiou hoje a postura de cooperação evidenciada pelos responsáveis das sociedades desportivas e jogadores visados pela operação ‘Fora de Jogo’, levada a cabo por autoridades judiciais e fiscais.
Em comunicado, a liga regista a “correção da postura de cooperação evidenciada pelos responsáveis das sociedades desportivas e jogadores de futebol visados pela mesma” e pede “celeridade de atuação das entidades”.
O organismo, que gere as duas competições profissionais de futebol, refere que “a indústria do futebol é permanente e minuciosamente escrutinada”, considerando que “o alarido causado à volta da operação em nada beneficia o investimento e o bom nome da atividade”.
A operação 'Fora de Jogo', levada a cabo na quarta-feira, levou à constituição de 47 arguidos, 24 pessoas coletivas e 23 pessoas singulares, após buscas em várias entidades ligadas ao universo do futebol.
De acordo com a Procuradoria-Geral da República (PGR), “em causa estão suspeitas da prática de factos suscetíveis de integrarem crimes de fraude fiscal qualificada e branqueamento de capitais”.
Segundo a mesma fonte, entre os arguidos contam-se “jogadores de futebol, agentes ou intermediários, advogados e dirigentes desportivos”.
A PGR esclareceu que “no inquérito investigam-se negócios do futebol profissional, efetuados a partir do ano de 2015, e que terão envolvido atuações destinadas a evitar o pagamento das prestações tributárias devidas ao Estado português, através da ocultação ou alteração de valores e outros atos inerentes a esses negócios com reflexo na determinação das mesmas prestações”.
No decurso da operação foram realizadas, em 56 locais, 40 buscas domiciliárias e 31 buscas não domiciliárias, designadamente, em diversos clubes de futebol e respetivas sociedades e cinco buscas a escritórios de advogados.
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