A Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) vai pedir ao Conselho de Disciplina federativo a instauração de um processo de inquérito ao ‘apagão’ do sistema de videoarbitragem no jogo entre FC Porto e Arouca, da I Liga.

Em comunicado, o organismo responsável pelas competições profissionais de futebol nacionais justifica a solicitação, após ter recebido a explicação do Conselho de Arbitragem (CA) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e os relatórios dos delegados ao jogo.

“A LPFP informa que solicitará ao Conselho de Disciplina (CD) da FPF a instauração de um processo de inquérito para averiguar os motivos que causaram a mesma, de forma a que se possam apurar responsabilidades sobre o sucedido”, lê-se no comunicado do organismo presidido por Pedro Proença.

No domingo, o sistema de videoarbitragem no Estádio do Dragão, no Porto, esteve 14 minutos sem energia no FC Porto-Arouca, da quarta jornada da I Liga.

De acordo com o CA da FPF, o sistema ficou sem energia ao minuto 87 do encontro, que viria a terminar empatado 1-1, perdurando até aos 90+11.

Durante este período, o árbitro Miguel Nogueira assinalou uma grande penalidade sobre o avançado iraniano Mehdi Taremi, tendo revertido a decisão, após contacto telefónico com o videoárbitro (VAR), sem que tivesse revisto as imagens do lance ocorrido aos 90+6 minutos.

Sem acesso às imagens, o árbitro Miguel Nogueira dirigiu-se aos treinadores das duas equipas para revelar a decisão de reverter a referida grande penalidade, uma ação contestada, imediatamente após o jogo, pelo FC Porto, que protestou o encontro.

“O FC Porto apresentou um protesto aos delegados da Liga tendo em vista a anulação do jogo com o Arouca. Esta medida tem como fundamento a atuação do árbitro no momento da reversão, na sequência de uma chamada telefónica e sem acesso às imagens do lance, do penálti assinalado pelo árbitro de campo por falta sobre Mehdi Taremi”, informou o FC Porto, em comunicado.

Na mesma nota, os ‘azuis e brancos’ consideram que o árbitro da partida, Miguel Nogueira, cometeu uma “violação das regras de jogo”.

“A ação de Miguel Nogueira constitui uma violação das regras de jogo e um erro de direito com potencial impacto grave no desfecho do encontro”, conclui o clube.

Depois deste episódio, os ‘dragões’ voltariam a dispor de novo castigo máximo, que Galeno desperdiçou, aos 90+15 minutos, antes de Evanilson consumar o empate 1-1, aos 90+19, depois de Cristo González ter adiantado o Arouca, aos 84.