O Vitória de Setúbal protagonizou hoje a sétima mudança de treinador da presente temporada da I Liga de futebol e a primeira na segunda volta, com a saída de Lito Vidigal do comando técnico.
As duas partes acordaram a rescisão do contrato, depois de uma série de nove jogos oficiais sem vencer, sete no campeonato, com a equipa no 13.º lugar, com 19 pontos, ao fim de 24 jogos em todas as competições e apenas sete vitórias, cinco na Liga.
Sandro Mendes, até hoje diretor desportivo dos sadinos, vai assumir o comando técnico de forma provisória, com vista à 19.ª jornada da I Liga, a receção ao Sporting, em 30 de janeiro.
Vidigal é o primeiro técnico a abandonar um dos emblemas do principal campeonato português na segunda volta, depois de seis 'chicotadas' na primeira metade da prova, entre elas no Sporting, que substituiu José Peseiro pelo holandês Marcel Keizer, e no Benfica, que dispensou Rui Vitória e nomeou Bruno Lage técnico interino, antes de reafirmar a decisão de forma definitiva.
O líder e campeão FC Porto é o único dos 'grandes' que permanece com o mesmo treinador, Sérgio Conceição, que iniciou uma época em que o Sporting foi mesmo o clube que protagonizou a primeira 'chicotada psicológica', após a oitava jornada, com a saída de Peseiro, com os 'leões' no quinto lugar.
Seguiu-se, interinamente, Tiago Fernandes, que viria a conseguir dois triunfos por 2-1, no recinto do Santa Clara e na receção ao Desportivo de Chaves, equipa que passaria a orientar à 13.ª ronda, sucedendo a Daniel Ramos, já depois de ter entregado o comando da equipa ‘leonina’ a Keizer.
Anteriormente, Cláudio Braga tinha protagonizado a segunda 'chicotada', ao deixar o Marítimo no 12.º posto, após uma série 'negra' de 10 jogos sem vencer nas várias competições, entre as quais a derrota por 3-0 no terreno do Feirense, que ditou a eliminação da Taça de Portugal.
Petit voltou a ser o ‘bombeiro’ de serviço, mas a vitória para os madeirenses só chegou à sétima tentativa, na 16.ª ronda, na receção ao Portimonense (2-1), num encontro em que o antigo médio esteve ausente do banco, devido à morte do pai, sendo que os insulares seguem no 11.º posto.
O Desportivo de Chaves 'aguentou' Daniel Ramos até à 12.ª jornada, quando seguia no 18.º e último lugar, apenas com duas vitórias e um empate, na receção ao Benfica (2-2). Com Tiago Fernandes, o registo não melhorou e os transmontanos continuam a carregar a lanterna-vermelha.
O Rio Ave contratou o 'chicoteado' Daniel Ramos para suceder a José Gomes, que rumou aos ingleses do Reading, e, sob o comando do técnico natural de Vila do Conde, ainda não voltou a ganhar.
Rui Vitória levou os 'encarnados' à conquista dos títulos de campeão nas épocas 2015/16 e 2016/17, mas a derrota por 2-0 no terreno do Portimonense, na 15.ª jornada, levou à saída do clube lisboeta.
Bruno Lage, que orientava a equipa B, estreou-se como técnico provisório com uma vitória por 4-2 na receção ao Rio Ave, num encontro em que esteve a perder por 2-0, tendo passado a treinador definitivo após vencer os quatro jogos até ao momento para o campeonato, apesar do desaire nas meias-finais da Taça da Liga com o FC Porto (3-1).
O mesmo processo aconteceu no detentor da Taça de Portugal, o Desportivo das Aves, precisamente pela eliminação nos quartos de final frente ao Sporting de Braga (2-1), com a saída de José Mota a acontecer depois de uma série de jogos sem ganhar, que se estende até 19 de dezembro de 2018.
Para o seu lugar foi contratado Augusto Inácio, que teve um impacto imediato: na primeira jornada ao comando da nova equipa, venceu por 2-1 em casa o Vitória de Setúbal que deu a subida ao 16.º lugar, ainda assim em zona de despromoção.
Entre os 12 'sobreviventes', destaque para Nuno Manta Santos, que, aos 40 anos, é o treinador no ativo com mais jogos consecutivos na I Liga (72).
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