Nem toda a gente concorda com o castigo aplicado a Jorge Sousa. Luciano Gonçalves, presidente da APAF, considera que a suspensão não faz sentido e que é muito severo.

Em declarações ao jornal Record, o presidente da associação de árbitros refere que é absurdo e desajustado falar de uma suspensão de três jogos.

"É inadequado, desajustado e completamente absurdo. Fico apreensivo ao imaginar como é que o Conselho de Disciplina vai agir quando um jogador usar esta linguagem daqui para a frente. Sei que há diferenças nas molduras disciplinares, mas não me recordo de nenhum jogador que tenha apanhado um castigo tão severo por este tipo de linguagem. Não estou nada satisfeito", afirmou o dirigente à publicação, onde diz que esta é uma decisão que abre um precedente "a todos os níveis".

"Abre para a arbitragem e para todos os agentes do futebol que utilizem este tipo de linguagem. Não se está aqui a falar se a linguagem foi correta e se se utiliza ou não, mas sim de uma decisão de castigar um árbitro. Se for intenção do árbitro, a APAF estará ao lado dele para recorrer", referiu.

Apesar desta decisão, o presidente da APAF continua a confiar no Conselho de Disciplina da FPF. Mas estará também especialmente atento ao organismo.

"Confio plenamente no Conselho de Disciplina e quero ver de que forma as coisas vão acontecer daqui para a frente. Quero acreditar que o CD vai ter o mesmo comportamento para qualquer agente do futebol. Não me interessa o passado. Interessa como os casos vão ser julgados daqui para a frente", explicou.

Recorde-se que Jorge Sousa foi castigado com três jogos de suspensão, depois de utilizar uma linguagem menos correta, com uso de palavrões, para com Vladimir Stojkovic, guarda-redes do Sporting B, na partida frente ao Real Massamá.