"O empate não sabe a vitória, mas aceito melhor o empate por ter chegado de 3-1 a 3-3 do que, se calhar, o Jorge Simão". A conclusão é de Luís Castro, treinador do Chaves, após a recuperação dos flavienses que valeu um ponto no estádio do Bessa.
"Acreditava que podíamos chegar ao empate, porque caso contrário não atirava a equipa para a frente como aconteceu. Trocámos Djavan por Perdigão e Tiba por Platiny e passámos por do 4x3x3 para o 4x4x2, arriscámos tudo. É natural que a equipa se tenha desequilibrado aqui e ali, porque é um sistema que não utilizamos muitas vezes, mas acreditei eu e acreditaram os jogadores e os sinais que entraram em campo com as substituições foram claramente de risco total e de ir à procura daquilo que queríamos, que era alterar o 3-1", adiantou Luís Castro.
"Depois de ter feito o 1-0, a equipa perdeu um bocadinho o foco daquilo que devia fazer em campo e isso traduziu-se em dois golos consentidos pela nossa equipa. Chegámos ao intervalo claramente em inferioridade em termos mentais. O 3-1 ainda foi mais penalizante, porque a equipa, nessa altura, tinha o jogo controlado e desequilibrou-se nesse momento defensivo e sofreu o 3-1", acrescentou o treinador.
"A partir daí, foi uma equipa psicologicamente muito forte e com muito trabalho chegou ao 3-3. Normalmente, achamos que isto acontece de vez em quando, mas vimos nesta semana e hoje também vários jogos com vantagens claras e as equipas conseguem inverter o marcador. É isso que muitas vezes nos inspira e mostra que tudo é possível no futebol. Mais uma vez, isso aconteceu aqui e ainda bem que aconteceu", acrescentou Luís Castro.
"Foi um bom espetáculo. O empate não sabe a vitória, mas aceito melhor o empate por ter chegado de 3-1 a 3-3 do que, se calhar, o Jorge Simão, mas, se olharmos para o jogo de forma global, não ficámos a dever nada à equipa do Boavista. Foi um belíssimo jogo", encerrou.
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