O Desportivo de Chaves venceu hoje o Vitória de Guimarães, por 4-3, no primeiro encontro da 18.ª jornada e da segunda volta da I Liga portuguesa de futebol, decidido por uma grande penalidade nos descontos.

Após recorrer ao videoárbitro, Tiago Martins marcou uma grande penalidade, convertida por Pedro Tiba, aos 90+6 minutos, e que permitiu ao Desportivo de Chaves, que não perde há oito encontros, isolar-se no sétimo lugar, agora com mais três pontos do que os vimaranenses, que somaram o quarto desaire consecutivo na prova.

Os restantes seis golos da partida foram marcados na primeira parte, com Hurtado (10 minutos), Raphinha (16) e Tallo (39) a darem vantagem aos vimaranenses e Pedro Tiba (38), de grande penalidade, e Davidson (39 e 44) a marcarem pelos flavienses.

"Foi um bom jogo de futebol, é pena não ser sempre assim, embora eu esteja mais de acordo com o sempre assim porque ganhámos. Se pensarmos naquilo que é a vertente espetáculo e aquilo que nos treinadores temos de colocar em campo e espírito que queremos colocar nas nossas equipas foi um bom espetáculo, em determinado momento do jogo estivemos com uma obra muito difícil de construir, aos 15 minutos estávamos a perder 2-0, sofremos o segundo golo e, isso, frente a uma equipa como o Vitória que é extremamente qualidade e de grande qualidade, torna a tarefa muito difícil, mas continuámos muito serenos, daí a eficácia do passe, termos tido 87% da eficácia do passe diz bem da lucidez que a equipa teve ao longo de todo o jogo, não deixou de olhar para a baliza na segunda parte, mas olhou de forma mais racional", começou por analisar Luís Castro após o final do jogo.

"[Este resultado perspectiva uma boa segunda volta?] Sim, pelo menos começou de forma diferente, a equipa conseguiu ter muito mais bola em termos de percentagem, hoje conseguiu 24 remates à baliza adversária contra 13 do Vitória, tivemos 34 bolas na área, o Vitória teve 22, cometemos nove faltas só, num jogo destes cometer tão poucas faltas é revelador de um espetáculo, portanto, há aqui dados muito interessantes, foi jogo muito bom, agora há que continuar a trabalhar como fizemos até aqui, há aqui um dado que pode passar despercebido, mas a mim não passou despercebido, a forma como a massa associativa deu a mão aos jogadores, a puxou do fundo, a equipa estava no fundo no 2-0 e, os adeptos, foram fantásticos, assim como os meus jogadores", disse Luis Castro.

Em relação à ausência de Matheus Pereira para a visita ao Estádio da Luz, Luís Castro desvalorizou essa possibilidade.

"Vou desmontar este jogo para, depois, perspetivar o jogo frente ao Benfica, pode ser sem Matheus Pereira, como sem outros jogadores, quem me acompanhou ao longo da primeira volta percebeu que nunca valorizei as ausências, os lesionados, nunca me lamentei, nem o vou fazer, hoje só fomos com três médios a jogos, tínhamos mais, não é por faltarem jogadores que vamos com menos confiança a jogo", frisou.

Sobre o registo de oito jogos sem perder, o técnico dos flavienses também desvalorizou.

"É uma marca importante para o Chaves, mas não para mim. Não corro atrás de recordes, corro atrás de trabalho diário, de fazer o melhor pela instituição, mais nada, história é história, quero ficar ligado aos clubes pelo respeito que tenho pelos clubes e pelo respeito que gosto que tenham por mim."