O antigo dirigente Luís Cirilo quer "eleições antecipadas" no Vitória de Guimarães e voltou a assumir ser candidato à presidência do clube minhoto, nono classificado da Liga de futebol.
Num texto no seu blogue pessoal, o antigo dirigente no tempo de Pimenta Machado, considera que o Vitória vive um "descalabro financeiro" e que existe uma «total falta de empatia entre os órgãos sociais e os adeptos", ao que se junta o "caminho para o descalabro desportivo nas principais modalidades».
«O futebol sénior é o que se sabe, o futebol júnior já perde em casa com o Feirense. O voleibol, outrora motivo de grandes alegrias, arrasta-se penosamente a meio da tabela sem conseguir vencer um único jogo contra os principais adversários. O basquetebol, esse ‘milagre’ de Fernando Sá, António Lourenço e mais uns poucos, está em penúltimo e numa evidente crise interna por falta de pagamento aos jogadores», aponta.
Para Luís Cirilo, de 52 anos, todo este cenário «indicia um clube a caminho do pântano» havendo, por isso, «decisões cruciais para a vida do Vitória» que não devem ser adiadas.
«Creio que é necessário sair rapidamente deste estado comatoso em que estamos e isso faz-se através de um choque psicológico e isso passa por eleições antecipadas», precisou.
Na última Assembleia-Geral do Vitória, durante a qual o relatório e contas de 2010/11 foram chumbados por uma larga maioria de sócios, Luís Cirilo assumiu que seria candidato à presidência numas próximas eleições. Agora defende que se realizem «dentro de um prazo sensato e na máxima convergência de vontades nesse sentido para que se proceda a uma clarificação do que deve ser o rumo do clube».
O também antigo governador civil do distrito de Braga desafiou ainda os atuais órgãos sociais a recandidatarem-se «se entenderem que têm soluções e um projeto a cumprir», mas devem deixar «claro quais as soluções financeiras, desportivas e de gestão que preconizam para o futuro do clube, sem tabus nem meias palavras quanto à SAD».
Mais tarde, no Facebook, e em resposta aos vários comentários ao desejo assumido, disse ainda que o seu «programa e equipa serão apresentados quando as eleições forem marcadas».
Emílio Macedo da Silva foi reeleito presidente do Vitória de Guimarães para um novo triénio em março de 2010, pelo que novas eleições só deveriam ter lugar em 2013.
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