"Não posso exigir o mesmo a um presidente não profissional que exijo a um presidente profissional", disse, numa alusão à acção de José Eduardo Bettencourt, confessando-se preocupado com o futuro do Sporting.
Para Luís Duque, que era o líder da SAD quando o Sporting quebrou o "jejum" de 17 anos sem conquistar o título, na época 1999/2000, a incompetência a que aludiu revela-se nesta altura "uma incompetência cara", que suscita ao antigo dirigente "leonino" a questão de saber "se o Sporting não estará no final da época muito pior do que está agora".
O receio de Duque é que o Sporting chegue ao final da época "sem grandes alterações no plano desportivo e mais debilitado no plano financeiro".
Os recentes investimentos feitos por Bettencourt na reabertura do mercado, para já em torno de 10 milhões de euros, para as contratações de João Pereira e Sinama-Pongolle, são objecto de crítica por parte de Luís Duque.
"O mercado de Janeiro é um mercado para retocar o plantel e colmatar uma lesão inesperada, mas para fazer uma revolução, e tendo em conta que quem dirige o clube já o dirigia em Outubro, só pode significar a falência daquilo que foi feito no início da época", observou o antigo dirigente "leonino", para quem "o que é mau em Outubro não deixa de ser mau agora".
Questionado sobre as críticas que lhe são dirigidas recorrentemente, sobre a sua veia despesista quando desempenhou funções em Alvalade, Duque rebate-as, argumentando que os investimentos que fez no futebol "eram necessários" e que tiveram como retorno "a conquista do título e a criação das condições para se ganhar um segundo título".
O antigo líder da SAD lembra que o seu "despesismo deu um título ao Sporting" e defende-se dizendo que "nunca ninguém apresentou as contas da sua gerência": "O futebol não é uma ciência exacta, mas o objectivo essencial, que era a conquista do título, esse, foi conseguido", disse.
Em relação ao anterior treinador dos "leões", Paulo Bento, faz a sua defesa, lembrando que foram dadas agora condições a Carlos Carvalhal quando seria recomendável que tivessem sido dadas ao seu antecessor no cargo, cujo currículo "não é comparável com o do actual treinador, quer dentro quer fora do Sporting".
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