O presidente do Benfica comentou esta quinta-feira sobre as contas do clube e esclareceu os sócios sobre a razão pela qual as elevadas vendas de jogadores não correspondem a uma diminuição pouco significativa do passivo.

Em entrevista à BTV, Luís Filipe Vieira foi questionado por um sócio sobre a grande diferença entre as elevadas vendas de jogadores e a diminuição pouco significativa do passivo.

"O passivo do Benfica tem vindo a baixar dentro do que estava previsto. Face ao último ano de vendas, o Benfica quando vende um jogador não recebe, vende por 30 mas não recebe ali. É em dois anos, três anos. É natural que o ativo suba e o passivo reduza pouco numa situação destas. O Nélson Semedo foi vendido por 30 milhões e em cada 50 jogos o Benfica recebe mais 5 milhões. Os 30 milhões serão recebidos nos próximos dois anos. O ativo logicamente sobe, o passivo irá baixar quando receber. O preocupante era se o ativo fosse descendo e o passivo subindo. Recuperámos os capitais próprios e queremos continuar", começou por dizer Luís Filipe Vieira.

"Não vamos fugir disto. Para sermos um grande clube, temos de ter contas saudáveis. E temos de ir pagando o que devemos. O Benfica quer libertar-se da dívida financeira. Numa primeira fase com empréstimos obrigacionistas e quando puder, não renovando", acrescentou o líder do Benfica.

"O Benfica nunca fez uma antecipação de receitas e quando o fizesse, seria para abater dívida e não para comprar um jogador. Queremos trazer a dívida do Benfica para 150 milhões de euros. A dívida está agora nos 270 milhões e tem de ir reduzindo. O que tínhamos há 17 anos? As pedras da calçada para passar por cima delas. E não eram nossas. Tínhamos de entregá-las ao banco", sentenciou sobre o assunto.