Em entrevista à BTV, Luís Filipe Vieira abordou os efeitos da pandemia de COVID-19 e da paragem do futebol no clube encarnado.
"Estamos preparados para os próximos cinco meses. Importante é ter dinheiro, porque não sabemos o que vem aí. Não queremos incumprir com ninguém. Temos de manter, em que tenhamos de trabalhar vida e noite. Se não houver competições europeias vamos ter um problema gravíssimo. Até ao momento, 20 a 25 milhões de euros perdidos é certo", disse.
Questionado sobre a necessidade de vender jogadores, o líder 'encarnado' frisou que o Benfica não precisa de vender jogadores, revelando ainda que em janeiro recebeu uma proposta por Vínicius que recusou.
"À data de hoje o Benfica não precisa de vender. Recebi uma proposta de 60 milhões pelo Vinícius e não o vendi. Não foi agora foi em janeiro", disse.
O líder 'encarnado' revelou ainda o encaixe de 200 milhões de euros que o clube tinha previsto.
"O Benfica este ano, se não fosse a pandemia, tinha dois jogadores praticamente vendidos por 100 milhões de euros cada um, 200 milhões. [Um encaixe] que estava mais que previsto. Não vale a pena falar nisso, não adianta nada deste momento", afirmou.
Questionado sobre a OPA à SAD que a CMVM acabou por chumbar, Luís Filipe Vieira destacou a transparência que o clube teve com a Comissão de Mercado.
"A OPA foi chumbada mas foi por uma parte técnica, os nossos juristas é que sabem, mas que não afeta a credibilidade do Benfica. Há uma coisa que a CMVM sabe: o Benfica foi completamente transparente, quem esteve nessa negociação foi transparente em toda a informação. A CMVM até realçou a inovação que era um clube a fazer uma OPA às suas próprias ações", disse, frisando contudo, a necessidade do Benfica deter mais de 95% da SAD.
"O Benfica tem de ter 95 ou 97 por cento da SAD. Anos mais tarde vão dizer que tive a visão certo. Não tenho três investidores, mas quero três baluartes como o Bayern Munique. Se desenvolvermos um projeto desse tipo não ficamos nas mãos deles, eles serão os fieis da balança para que nunca mais voltemos ao ponto em que estivemos", afirmou.
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