As escutas a que Luís Filipe Vieira foi alvo no processo Operação Cartão Vermelho continuam a ser reveladas. A edição deste sábado do jornal A Bola refere que o processo que envolveu a contratação de Rodrigo Pinho a custo zero gerou suspeitas.

A 18 de abril de 2021, Domingos Soares de Oliveira, administrador da SAD, disse que o contrato de Rodrigo Pinho só seria válido se fosse assinado por ele. A comissão da transferência era de 1,2 milhões euros, algo que levantou dúvidas a Soares de Oliveira, uma vez que desconhecia a identidade do empresário a quem seria paga a intermediação.

Miguel Moreira, então diretor financeiro da SAD, insurgiu-se contra a forma como Luís Filipe Vieira lidou com este negócio: “Uma coisa à sapateiro”.

Tanto Soares de Oliveira como Miguel Moreira não compreendiam a razão pela qual o Benfica estava a dar um contrato de cinco anos a um jogador livre de 29 anos.

Um mês antes, o Benfica desmentiu “que estivesse em curso quaisquer negociações para a contratação do avançado Diego Costa”, porém, de acordo com o mesmo jornal, cinco dias antes Luís Filipe Vieira combinou uma reunião com o brasileiro em Madrid. O antigo presidente do Benfica já estava sob escuta.

O Benfica desmentiu a reunião com o avançado hispano-brasileiro e Vieira deu instruções a José Manuel Capristano, comentador na CMTV, para “dizer que não houve conversações com Diego Costa”.

O antigo presidente dos encarnados continuou a falar com o avançado, tendo pedido posteriormente ao jogador para não ligar a outros empresários.