O vice-presidente para a área financeira da Académica, Luís Godinho, acusou hoje o seu homólogo da área da formação de quebra de solidariedade, após declarações em que este aborda as dificuldades orçamentais do clube.
«Numa direcção, somos todos solidários e toda a direcção é co-responsável pela gestão do clube. Acho estranho que essas questões só agora venham a público, num período pré-eleitoral», afirmou Luís Godinho, em declarações à agência Lusa.
O vice-presidente para a Formação, Camilo Fernandes, rotula de “autoritário” o presidente José Eduardo Simões e refere que este, juntamente com o vice-presidente Luís Godinho, gerem o clube a seu belo prazer, não pagando há sete meses aos diversos escalões da formação, em entrevista publicada hoje pelo Diário de Coimbra.
«É com grande pena que neste momento a formação da Académica – a quem agradeço toda a colaboração, desde treinadores a directores, de enfermeiros a pais – vive com sete meses de subsídios em atraso. Foram pagos apenas dois meses, estão em dívida desde Outubro, a todas as equipas», salientou o responsável ao matutino regional.
Luís Godinho respondeu sublinhando que há um orçamento aprovado pela Assembleia-Geral do clube e que este vai ser executado até ao fim, estranhando que, em um mandato de três anos, apenas agora estas questões tenham vindo à baila.
«Temos tido prioridades, nomeadamente com o futebol profissional, que tem de ser cumprido, sob pena de perda de pontos. Tem havido dificuldades por razões alheias à nossa vontade, nomeadamente de empresas que não cumpriram connosco, como, por exemplo, a Sociedade Nortenha de Bingos. Mas uma coisa posso garantir: toda a verba que foi orçamentada para a Formação vai ser toda executada», concluiu o dirigente.
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