O ex-defesa central brasileiro do Benfica, Luisão, pendurou as 'chuteiras' no passado mês de setembro depois de 16 anos ao serviço dos 'encarnados'. Em entrevista à BTV, Luisão recordou vários momentos que o marcaram enquanto jogador do Benfica, mas houve um que o ex-capitão não irá esquecer, mesmo tendo estado de fora do relvado.

Em declarações à BTV, Luisão partilhou como viveu o fatídico jogo entre Vitória de Guimarães e Benfica numa noite fria de janeiro de 2004 que ficou para sempre marcado pela morte de Miklos Féher em pleno relvado do Estádio D. Afonso Henriques.

"Estava lesionado e falhei aquele jogo em Guimarães. Naquela altura eu morava sozinho. Assistia ao jogo pela televisão no meu apartamento e não sabia o que se estava a passar. Comecei a ficar depressivo, sabendo depois que ele faleceu. Aquela imagem [do Miklos] ficou remoendo na minha cabeça. O armário dele no Estádio era ao lado do meu. No dia seguinte chegar lá, ver aquelas flores, a camisola, ir ao enterro dele… Foi muito complicado. Quem viveu aquele momento sabe que não foi nada fácil. Era um companheiro espetacular. Foi um momento triste, mas que também mostrou que o Benfica é feito de renascimento", afirmou Luisão.

Ainda sobre essa época de 2003/2004, Luisão recordou a conquista da Taça de Portugal diante do F.C. Porto como um momento único que "deu para ver um pouquinho da grandeza do clube, dos adeptos, a essência da famosa mística benfiquista".

Já em relação à época seguinte, Luisão não esquece como foi especial ser campeão nacional pela primeira vez ao serviço do Benfica.

"Não tínhamos uma equipa que enchia os olhos a jogar futebol, mas tínhamos jogadores que faziam a diferença e lutávamos muito. Tínhamos um treinador, Giovanni Trapattoni, que dispensa comentários. Levávamos o carisma dele para dentro de campo. Tínhamos o Mantorras, que quando entrava tinha o seu momento e resolvia. Foi espetacular", recordou Luisão.