“Não houve da parte do FC Porto qualquer pedido especial para o João Moutinho. Terá a segurança que todos os outros jogadores do FC Porto vão ter. Não nos traz qualquer preocupação acrescida”, afirmou hoje o subintendente da PSP Costa Ramos, em conferência de imprensa.

João Moutinho, ex-capitão do Sporting, trocou o clube de Alvalade pelo FC Porto no início da temporada e foi na altura apelidado de “maçã podre” pelo presidente José Eduardo Bettencourt.

Em alguns sítios e blogs na internet foram criados movimentos a solicitar aos adeptos do Sporting que levem para o Estádio de Alvalade maçãs para atirar ao antigo jogador do clube.

“Maçãs não vão entrar e espero que bolas de golfe também não. Vamos tentar ao máximo, em colaboração com a empresa privada que vai fazer as revistas, evitar que esses objectos entrem. Todo o objecto que seja susceptível de arremesso e possa provocar dano físico não deve entrar dentro do estádio, incluindo maçãs”, explicou Costa Ramos.

A PSP, que espera a presença de 35 000 adeptos no Estádio José Alvalade, 3000 dos quais do FC Porto, garantiu que está montado “um efectivo necessário e suficiente para assegurar a ordem e tranquilidade públicas” para um jogo de “risco elevado”, mas rejeitou divulgar o número de agentes empregues na operação.

“Não quantificamos o número de elementos por razões estratégicas. Se as coisas correram bem, 500 são muitos, se correram mal, 500 são poucos”, ironizou Costa Ramos.

Os elementos dos grupos organizados dos “dragões” vão ser acompanhados numa “caixa de segurança” até ao Estádio José Alvalade, cujas portas se vão abrir às 19:15, duas horas antes do apito inicial.

A PSP anunciou que o dispositivo de segurança inclui patrulhamento apeado, automóvel e à civil, equipas de intervenção rápida, corpo de intervenção, cães, as divisões de investigação criminal e de trânsito, e equipas especializadas em explosivos, além da Unidade Regional de Informações Desportivas, com os seus “spotters”.