A rescisão do contrato, que tinha vigência até ao final da corrente época, foi confirmada pela SAD da União de Leiria, que se manifestou surpreendida pela atitude do treinador e a capacidade financeira do Vitória de Setúbal.
"Manuel Fernandes desistiu do prémio de 300 mil euros a que tinha direito se ficasse até Maio. Para grande surpresa nossa, ele desistiu da União de Leiria e do prémio a que tinha direito pela subida de divisão, caso cumprisse o contrato até final”, disse à Agência Lusa o administrador da SAD e presidente do clube, Mário Cruz, sem adiantar o nome do técnico sucessor.
O dirigente acredita que o Vitória de Setúbal “fez um contrato milionário com Manuel Fernandes”, porque “só isso explica a decisão de saída” e a consequente perda de 300 mil euros.
“É estranho que o Vitória de Setúbal ainda há pouco tempo assumisse problemas financeiros e agora tenha capacidade para fazer a um treinador uma proposta que cobre centenas de milhares de euros. Passaram do oito para o oitenta. É uma grande capacidade de gestão por parte do Setúbal”, ironiza Mário Cruz.
O administrador da SAD sublinha que a União de Leiria “não deve um euro a Manuel Fernandes” e que este, por sua vez, “fica a dever dinheiro” ao clube.
“A SAD adiantou-lhe dez mil euros do prémio de subida, convencida de que ele cumpria o contrato. Agora esperamos que Manuel Fernandes devolva esse dinheiro. Com o contrato que fez com o Setúbal terá bem possibilidade disso...”, afirmou.
Mário Cruz garante também que “não existia qualquer incompatibilidade entre Manuel Fernandes e o presidente João Bartolomeu”.
“Já ouvi notícias que apontavam para isso, mas não havia qualquer incompatibilidade. A verdade é que foram questões financeiras que motivaram a saída de Manuel Fernandes. Faltou-lhe coragem para assumir isso”, sublinha o administrador.
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