O futebolista Manuel José disse hoje que o Paços de Ferreira deve «manter os pés no chão», apesar do terceiro lugar na I Liga, e tentar aproveitar a pressão do Sporting de Braga.
«Ninguém pensaria que, à 17.ª jornada, o Paços estaria no terceiro lugar, à frente do Braga, mas temos muita qualidade e isto não acontece à toa», disse Manuel José, repartindo os méritos da campanha pacense pelo treinador e pela forma como os jogadores, em especial os que chegaram ao clube, têm correspondido.
Deu os exemplos de Diogo Figueiras e de Cícero, emprestados na última época (ao Moreirense) por falta de espaço no plantel, e mesmo de Josué, que não jogava tanto, sem esquecer, acrescentou, que «na época passada não havia margem de erro» para uma equipa que lutava pela permanência e hoje ocupa o terceiro lugar.
O experiente futebolista, de 32 anos, alertou para a importância de a equipa «andar com os pés no chão» e «não se colocar em bicos de pés» e disse estar esperançado em poder capitalizar na segunda-feira, no jogo da 18.ª jornada, a pressão bracarense no confronto pelo último lugar do pódio da I Liga.
O jogador disse ainda que o golo da vitória do Paços de Ferreira frente ao Estoril-Praia (1-0), na terça-feira, que permitiu isolar a equipa no terceiro lugar da prova, resultou de um lance estudado.
O camisola 81 do Paços de Ferreira marcou o único golo do jogo frente o Estoril-Praia, no quarto dos 14 minutos que ficaram por jogar na segunda-feira, quando o jogo foi interrompido, ao minuto 76, devido ao nevoeiro.
«No aquecimento que fizemos no relvado secundário ensaiámos a jogada. E, em três toques, contando com o lançamento do Cássio, conseguimos fazer golo», contou Manuel José, precisando que estava certo de que ia marcar quando recebeu o passe de Josué.
Foi o segundo golo apontado este ano por Manuel José na I Liga (tinha marcado no empate 3-3 frente ao Nacional), num registo que fica aquém dos seis tentos da última época, o que ajuda a compreender a diferença de rendimento de então para cá.
«O treinador tem apostado noutros jogadores e eles têm-se portado à altura. É mais difícil entrar assim na equipa, mas tenho trabalhado para voltar a fazer parte das escolhas», sublinhou, confessando que gostaria de ser titular em Braga.
Manuel José, que na segunda-feira celebrou 32 anos, está em final de contrato com o Paços de Ferreira e não esconde que gostaria de prolongar uma ligação que dura há quatro temporadas.
«Por agora não há nada em concreto, mas um bom final de época pode ajudar», concluiu.
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