“[O anti-jogo] faz parte, o Rio Ave fez pela vida. O Milhazes queimava 30 a 40 segundos sempre que lançava a bola, o que fez 10 ou 12 vezes, pelo que o árbitro teria que ter dado oito minutos em vez dos quatro de compensação”, afirmou Manuel Machado na conferência de imprensa no final da partida, em Guimarães.

Para o técnico da equipa da casa, saiu “premiada a estratégia defensiva que o Rio Ave montou porque conseguiu estancar o maior volume de jogo” do Vitória.

Por isso, frisou, considera ter perdido dois pontos, mas notou também que a equipa está “ainda numa fase de construção” com “problemas nas soluções para a frente”, dadas as lesões de William, Maranhão, Targino e só agora ter chegado o “10” Marcelo Toscano.

Além disso, revelou, o marroquino Faouzi cumpre o Ramadão, estando “profundamente debilitado fisicamente”.

“A curto prazo teremos mais soluções, o que nos vai permitir uma maior eficácia na finalização. Neste momento, é isto que temos e não foi muito difícil para o adversário estancar o nosso jogo defensivo”.

O técnico do Rio Ave considerou o empate aceitável, reiterando que, pela primeira parte, sentiu que a equipa perdeu dois pontos e que, pela segunda, conquistou um.

“Na primeira parte jogámos no campo todo, tivemos várias oportunidades e tenho que salientar o Nilson pelas defesas que fez. Na segunda parte, a equipa recuou por culpa do Vitória que fez um jogo mais em profundidade, mais directo”, afirmou Carlos Brito.

“Por isso, aceito o empate, não é mau porque vimos de uma derrota em casa e isso pesa sempre, mas também não merecíamos perder”.

Sobre a crítica de Manuel Machado do Rio Ave ter praticado anti-jogo, respondeu: “dançámos consoante a música do Vitória”.