O acionista maioritário da SAD do Vitória de Guimarães, Mário Ferreira, disse hoje estar indisponível para vender, neste momento, a sua parte na sociedade responsável pela equipa que compete na I Liga portuguesa de futebol.

Na antecâmara das eleições para o clube, agendadas para sábado, o detentor de 57% da SAD (capital de 4,5 milhões de euros) afirmou ter-se reunido duas vezes com o candidato da lista B, Miguel Pinto Lisboa, e uma com os da lista A, António Miguel Cardoso, e da lista C, Daniel Rodrigues, mas a nenhum deles se mostrou disponível para vender.

"Não estamos disponíveis para vender as nossas ações nesta fase, nem tal tema foi abordado nessas reuniões", reiterou, num comunicado enviado hoje à imprensa, assinado por si.

Tal como nas eleições anteriores, que, em março de 2018, opuseram Júlio Mendes, o presidente eleito, a Júlio Vieira de Castro, o empresário luso, radicado na África do Sul, assegura que vai manter-se "equidistante de todas as candidaturas".

O acionista maioritário frisou também que, nessas reuniões, as listas candidatas aos órgãos sociais do clube não apresentaram "as suas ideias e projetos para a Vitória SAD", nem manifestaram "desacordo com o projeto" por si apresentado.

Disponível, aliás, para "assumir a sua posição acionista no próximo Conselho de Administração da SAD", que vai ser eleito em 30 de julho, Mário Ferreira confirmou ter apresentado as suas "ideias quanto à sua constituição" - desde a criação da SAD, em 2013, o Conselho de Administração tem tido um elemento indicado por si e quatro pela direção do clube.

O empresário defendeu ainda que "qualquer alteração aos estatutos da SAD do Vitória" deve ser realizada após a posição do clube, detentor de 40% das ações, ser "ratificada numa Assembleia Geral" de sócios.

A indisponibilidade dos sócios para, na Assembleia Geral de 08 de setembro de 2018, viabilizarem uma mudança dos estatutos do clube e poderem abrir as portas a maior investimento externo na SAD foi uma das razões alegadas para o ainda presidente, Júlio Mendes, se ter demitido, em 27 de maio.

O acionista maioritário da SAD vitoriana elogiou ainda a "grandeza e vitalidade do clube", provadas pelo número de candidaturas às eleições, e a "elevação da campanha" até ao momento, tendo pedido que todos os adeptos se unam em torno do Vitória no "dia seguinte ao ato eleitoral".