O presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) disse hoje que o voto de censura ao presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) por parte do denominado “Movimento de Clubes de Fátima” será motivado por um «equívoco».
«Essa questão de uma moção de censura ao presidente da Federação Portuguesa de Futebol, parece-me a mim, que deverá estar a se basear em algum equívoco ou alguma questão menos sustentada, menos bem pensada e que não levará o seu curso», afirmou hoje à agência Lusa Mário Figueiredo.
O líder da LPFP acredita que a vontade dos clubes de criarem «instituições fortes» pode estar na base da decisão do movimento, que engloba 20 clubes seus associados, de apresentar um voto de censura ao presidente da FPF, Fernando Gomes.
«Por vezes, alguns clubes podem, nesse desiderato de tentar potenciar aquilo que é a sustentabilidade do futebol profissional, a existência de uma liga forte com clubes profissionais fortes, levar o seu esforço, eventualmente até não intencionalmente, longe de mais. Parece-me que será o caso», referiu.
Mário Figueiredo referiu que a questão do alargamento do quadro competitivo da Liga de 16 para 18 clubes, que carece de informação e parecer prévios da FPF para ser implementado, tem de ser discutida com «elevação» e com «respeito pelas instituições e pelas pessoas que ocupam os cargos».
O denominado “Movimento de Clubes de Fátima” revelou hoje a intenção de solicitar um voto de censura ao presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), Fernando Gomes, a quem acusa de conduta «inaceitável e censurável».
«Tem-se assistido a uma conduta do presidente da FPF a todos os títulos inaceitável e censurável do ponto de vista dos clubes, por não aceitar uma decisão democrática dos órgãos da LPFP e dos clubes envolvidos, assim como por assumir publicamente que não autoriza o dito alargamento, tudo sem consultar, nem abordar os clubes», refere.