O Marítimo obteve hoje o primeiro ponto na I Liga de futebol em 2022/23, ao empatar 1-1 com o Boavista, num jogo da nona jornada aberto e repleto de equilíbrio, em que os madeirenses desperdiçaram a reviravolta de grande penalidade.

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Diante de 11.295 espetadores, que ocasionaram a melhor assistência da temporada no Estádio do Bessa, no Porto, o colombiano Sebastián Pérez colocou os nortenhos em vantagem, aos 22 minutos, mas André Vidigal igualou para os insulares, aos 56, sendo que o castigo máximo ‘assinado’ pelo camaronês Joel Tagueu esbarrou no ferro, aos 71.

Apesar de ter interrompido uma sequência de oito derrotas consecutivas ao quarto jogo sob orientação de João Henriques, o Marítimo vai acabar a jornada ‘afundado’ no 18.º e último lugar, com um ponto, provisoriamente a seis da zona de manutenção automática.

Já o Boavista alcançou o primeiro empate no campeonato e continua na quinta posição, com os mesmos 16 pontos do Sporting, na sequência de cinco vitórias e três derrotas, a última das quais em Famalicão (0-4), que configurou o desaire mais volumoso da época.

Os ‘axadrezados’ vincaram as suas intenções logo ao terceiro minuto, quando Yusupha introduziu a bola na baliza de Matous Trmal, numa jogada com contribuição de Ricardo Mangas e Salvador Agra, mas que acabaria por ser anulada, devido a posição irregular.

Esse trio voltou ao ‘onze’ de Petit, que, seis rondas depois, também apostou de início no guarda-redes Rafael Bracali, cujos reflexos ajudaram a suster um livre de Bruno Xadas, aos 14 minutos, volvido um pontapé ligeiramente por cima de Cláudio Winck, aos cinco.

O Boavista já tinha reagido com uma tentativa de ‘chapéu’ à trave de Bruno Lourenço e adiantou-se aos 22, com Mangas a cruzar na esquerda e Pedro Malheiro a recolher no flanco oposto, onde levantou a bola para um cabeceamento eficaz de Sebastián Pérez.

Com Rafael Brito e Fábio China a ressurgirem entre as escolhas de João Henriques, o Marítimo sentiu momentaneamente essa contrariedade e foi somando perdas de bola, dando espaço para uma incursão de Salvador Agra, que rematou alto, aos 35 minutos.

Três minutos depois, um erro de João Afonso deixou Yusupha isolado ante Trmal, que venceu o duelo e viu Bruno Lourenço desperdiçar a recarga, para, aos 41, André Vidigal desviar para fora, após centro de Fábio China e saída precipitada dos postes de Bracali.

A toada intensa continuou na segunda etapa, com Matous Trmal a sacudir uma tentativa de ângulo reduzido de Mangas, aos 54, dois minutos antes de Vidigal beneficiar de uma receção equivocada de Sebastián Pérez para tabelar com Xadas e resgatar a igualdade.

Se Bruno Lourenço ameaçou de fora da área novo golo do Boavista, aos 60 minutos, o Marítimo quase ‘virava’ o marcador, aos 71, mas Joel Tagueu acertou no ferro da marca de penálti, após um ‘tiro’ de Stefano Beltrame obstruído pelo braço de Makouta na área.

Esse momento conferiu uma energia adicional ao conjunto de Petit, que desfez o trio de defesas centrais para alargar a frente de ataque com os suplentes Kenji Gorré, Martim Tavares e Masaki Watai, ainda que sem evitar uma reta final mais nervosa que virtuosa.