A atravessar, talvez, um dos seus melhores períodos desde que chegou ao Benfica, curiosamente a atuar numa posição que não é a sua de origem, Morato concedeu uma entrevista à Betano MAG na qual falou sobre colegas, advesários, a adaptação a lateral esquerdo e as conversas com o treinador, Roger Schmidt.

A mudança do Brasil para Portugal: "É sempre difícil sairmos de onde estamos habituados, a estar, de onde crescemos e vivemos, e irmos para um lugar completamente diferente, longe de tudo. E, dois meses depois de chegar, começou um frio absurdo, que nunca tinha vivido. Foi uma experiência interessante. Todos os jogadores querem jogar na Europa. E eu próprio tive essa experiência muito cedo. Tinha muitos jogadores brasileiros aqui que me ajudaram, principalmente da equipa A, na equipa B também havia alguns. Foi muito bom para mim. Acho que ter vindo cedo ajudou-me bastante".

Roger Schmidt: "O míster é muito tranquilo, uma pessoa muito trabalhadora, que depois de todos os jogos me chama à sala dele, para conversarmos e dar algum feedback do que errei e do que acertei".

Relação com os argentinos Di María e Otamendi: "Eles são tipos sensacionais. Fazem muito bem ao nosso grupo, são disciplinados, com compromisso, alguém que nós olhamos e pensamos: 'O cara conseguiu e senta-se aqui ao meu lado'. É uma honra tê-los como parceiros e a rivalidade fica só dentro de campo".

Adaptação a lateral esquerdo: "É um pouco diferente, vou-me habituando e ganhando jeito. Por mais que seja perto, defesa central e defesa esquerdo, são coisas diferentes, feelings diferentes e estou a adaptar-me a cada jogo que passa".

Como lhe disse Roger Schmidt que ia jogar nessa posição? "Ele não me disse diretamente. Foi-me dando pistas no treino e no jogo, disse para eu ficar confortável e para fazer o que estava a fazer, que conseguiria jogar ali, que tinha agressividade, força, velocidade e o físico perfeito para aquela posição".

A viver o melhor momento de sempre no Benfica? "Penso que sim. Nunca tinha apanhado uma sequência tão grande de jogos. Jogo numa posição diferente, mas isso não importa, o que importa é que tenho somado minutos e tenho ajudado o Benfica. É isso que interessa".

Adversários mais difíceis que enfrentou: "Djaló, do SC Braga, Edwards e Gyokeres também. Nos treinos? O Rafa em espaços curtos. Coloca a bola na frente e muda de direção de forma rápida."