A edição online do Jornal Económico avança esta quinta-feira que o Ministério Público abriu uma investigação a Bruno de Carvalho por suspeitas de burla e associação criminosa referente a uma garantia bancária de 375 mil euros da construtora do Pavilhão João Rocha, que terá ficado com o ex-presidente do Sporting.
A referida publicação cita fonte oficial da Procuradoria Geral da República (PGR) para garantir que a investigação está a cargo do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP ) de Lisboa e que a mesma foi desencadeada após uma queixa da empresa Ferreira Construções SA que diz que foi enganada e que o ex-dirigente leonino acionou a garantia bancária e apoderou-se do dinheiro poucos dias antes de ser destituído.
Fonte da PGR confirmou ao Jornal Económico que foi recebida uma queixa relacionada com este assunto e revelou que esta "deu origem a um inquérito que se encontra em investigação no DIAP de Lisboa e está em segredo de justiça".
O "Correio da Manhã" (CM) revelou na passada terça-feira que a empresa que construiu o Pavilhão João Rocha avançou recentemente com uma queixa crime contra Bruno de Carvalho e restantes membros da anterior direção, bem como ao Sporting enquanto clube.
O ex-presidente do Sporting é acusado de burla e associação criminosa, alegando a construtora que o antigo dirigente leonino terá ficado com uma garantia bancária de 375 mil euros. A construtora diz ter entregue esta verba para assegurar o cumprimento da obra, o que acabou por acontecer, mas que dias antes de ser destituído, na assembleia geral de 23 de junho, Bruno de Carvalho terá acionado e se apropriado dos 375 mil euros.
Construtora do pavilhão João Rocha pede penhora das contas do Sporting
O CM escreveu na edição impressa de quarta-feira que a construtora Ferreira e Construções SA pediu o arresto imediato das contas da Sporting SAD por forma a garantir o pagamento de mais de 4,5 milhões de euros, na sequência da queixa que foi apresentada por burla e associação criminosa contra o clube, Bruno de Carvalho e os restantes elementos da anterior direção.
Em causa, segundo o CM, estará o facto de ter sido executada uma garantia bancária no valor de 375 mil euros por Bruno de Carvalho em dezembro de 2017, meses depois da inauguração do pavilhão sem ter dado conhecimento à construtora dessa ação.
A construtora alegou na altura que ainda faltava pagar quatro milhões de euros por "obras a mais", existindo ainda 199 mil euros de faturas ainda não pagas que a atual direção do Sporting se terá, alegadamente, recusado a pagar.
A mesma fonte garante ainda que a construtora diz na queixa enviada ao Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) que há suspeitas de associação criminosa. A Ferreiras e Construções SA pede que as contas da Sporting SAD sejam de imediato penhoradas para garantir que o património não é delapidado, exigindo também que todos os envolvidos sejam constituídos arguidos, inclusivamente a SAD ‘leonina’, enquanto entidade coletiva.
O atual presidente Frederico Varandas e os vice-presidentes Francisco Salgado Zenha e Filipe Osório de Castro também são alvos de queixa por se terem recusado a saldar a dívida, após a destituição da anterior direção do Sporting.
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