Longe vão os tempos de aparente ressurgimento do Sporting na entrada em 2010. Após uma série meritória de sete vitórias seguidas, a derrota com o Braga, ainda em Janeiro, mergulhou a equipa leonina numa depressão da qual ainda não acordou.

Carlos Carvalhal operou várias mudanças na equipa face ao desaire em Liverpool, diante do Everton, e apostou num 4-3-3 para bater um Olhanense bem organizado.

Sob uma chuva incessante, que condicionou bastante a qualidade da partida, algarvios e leões protagonizaram um jogo equilibrado, mas sem grandes motivos de interesse e com escassas oportunidades de golo.

O Sporting ainda conseguiu exercer algum domínio na primeira parte e esteve perto de marcar por Yannick (11’) e Tonel (35’), mas os cabeceamentos dos dois jogadores não foram capazes de desfazer o nulo.

Já o Olhanense respondia como podia, assente num meio-campo bem organizado, mas apenas ‘cheirou’ o golo aos 25’, num remate ao lado de Djalmir.

Após o intervalo, a fraca exibição do Sporting tornou-se ainda pior. Aliás, o Olhanense cresceu no jogo e remeteu durante largos momentos os leões à sua defesa, ainda que sem esboçar oportunidades claras de golo. A excepção foi um falhanço de Rui Duarte já no final do jogo, que não conseguiu responder a um excelente cruzamento.

A inépcia ofensiva do Sporting era tal que Ventura ocupou a maior parte do tempo a fazer exercícios para afastar o frio da noite chuvosa em Olhão. E nem as mexidas de Carlos Carvalhal surtiram qualquer efeito na dinâmica leonina.

O jogo arrastou-se até ao apito final, num empate que se ajusta face ao equilíbrio.

O Sporting igualou assim a sua segunda pior série de sempre, com sete jogos sem conhecer o sabor da vitória, e não conseguiu afastar os perseguidores do ‘seu’ quarto lugar. O Olhanense somou mais um ponto na sua longa luta pela permanência.