O Tribunal da Figueira da Foz começou hoje a discutir o processo de insolvência da Naval 1.º de Maio, colocado pelo ex-jogador Gilmar, que reclama uma dívida de 60 mil euros, sem que tenha havido acordo.

Antes da sessão, a advogada da Naval 1.º de Maio avançou com uma proposta de pagamento faseado dos montantes em dívida, recusada pelo advogado do médio brasileiro, que representou o clube da Figueira da Foz entre 2005 e 2009.

«Foi sugerido um acordo prestacional, mas a indicação que eu já tinha dado à Naval e aos seus mandatários era que o jogador não estava disposto a aceitar pagamentos faseados», disse hoje aos jornalistas Gonçalo Ribeiro, advogado do ex-jogador.

A proposta da Naval passava pelo pagamento imediato de uma quantia não revelada e a restante em três prestações, o que foi recusado. O advogado do jogador fez uma contraproposta – o pagamento em duas prestações –, que também «não foi aceite», afirmou.

«Estamos a falar de uma entidade que está, por assim dizer, em risco de um processo de insolvência, temos de ter uma garantia. Não vou desistir de um processo destes tendo por base apenas e só as boas intenções da Naval, que, como vimos, ao longo de três anos, não se concretizaram», argumentou.

No entanto, Gonçalo Ribeiro manifestou que o seu cliente está «disponível para aceitar» um eventual acordo.

«O Gilmar é uma pessoa de bem, foi capitão da Naval durante vários anos, só tem uma palavra. Estamos nesta fase não por vontade do Gilmar. Desde 2008 tudo fez para que o processo fosse resolvido sem recurso as instâncias judiciais, mas não conseguiu», lamentou.

Hoje, no final da primeira sessão da insolvência - uma audiência definida pela juíza como «uma base de trabalho para um julgamento», e onde foram dirimidas questões técnicas -, Gonçalo Ribeiro disse ter requerido a junção de mais documentos aos autos por parte da Naval, considerando que os documentos apresentados pelo clube aquando da oposição ao processo «não são suficientes».

«Aquilo que o Gilmar diz é que a Naval não tem meios económicos que lhe permitam garantir o pagamento das suas obrigações e a Naval diz que não, que tem solvabilidade. Na minha óptica, os documentos juntos não são suficientes para fazer essa prova e entendo que há determinado tipo de prova que só pode ser feita por documentos», frisou.

Já a advogada da Naval 1.º de Maio, Maria João Rodrigues, recusou comentar o processo, apenas afirmando que o acordo com o ex-jogador «não foi possível por várias situações», que não especificou.

A próxima sessão está agendada para 23 de Maio, às 14h45, com audição da única testemunha arrolada pelo mandatário de Gilmar, a agente de execução que conduziu um processo de penhora ao clube.

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