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Comparações com Cristiano Ronaldo são «sempre são muito subjetivas e sempre odiosas», disse o ex-jogador.
O ex-futebolista Luís Figo, o mais internacional por Portugal, defendeu hoje que «ninguém se pode comparar a Eusébio», mas observou que as comparações com Cristiano Ronaldo pelo estatuto de melhor jogador português de sempre são «muito subjetivas e sempre odiosas».
«Acho que ninguém se pode comparar a Eusébio. Eusébio é o rei», sustentou Figo, embaixador da UEFA para a final da edição 2013/14 da Liga dos Campeões, que se vai realizar no Estádio da Luz, numa cerimónia realizada em Lisboa para a apresentação do troféu.
Figo assinalou que foi o melhor futebolista da sua geração e defendeu que as comparações deveriam ficar-se por esse critério, porque são «muito subjetivas e sempre odiosas»: «Felizmente, o meu nome não se associa a essa comparação, porque não quero ser comparado a Cristiano ou a Eusébio. Cada um, na sua geração, fez o seu trabalho o melhor possível», sustentou.
Com o “hat-trick” na sexta-feira passada à Irlanda do Norte (4-2), Cristiano Ronaldo tornou-se o segundo melhor marcador da seleção nacional, com 43 golos, a quatro do recordista Pauleta, ultrapassando os 41 remates certeiros de Eusébio, que, no entanto, disputou apenas 64 jogos pela “equipa das quinas”, contra 106 de “CR7”.
O jogador português com maior número de internacionalizações (127) acredita «plenamente» na qualificação da seleção nacional para a fase final do Mundial de 2014, que se vai realizar no Brasil, advertindo que Portugal não pode comparar-se com os “canarinhos”, em comentário à derrota por 3-1 sofrida na terça-feira num jogo particular disputado nos Estados Unidos.
«Sempre tive essa confiança desde o início, pela qualidade que esta seleção tem e espero que Portugal possa conseguir mais um apuramento e dar seguimento às presenças que temos tido nos Campeonatos do Mundo e da Europa», antecipou.
Para Figo, a «final de sonho» seria disputada entre as duas equipas portuguesas em prova, o FC Porto e o Benfica, mas antevê muitas dificuldades para os representantes lusos, pois a edição desta temporada «é das mais competitivas», contando com «todas as equipas teoricamente mais fortes dos diferentes campeonatos», à exceção dos italianos do Inter de Milão, precisamente o seu último clube.
«Seria fantástico, não só para as equipas portuguesas, mas também para Portugal. Seria a cereja em cima do bolo. À primeira vista não são as equipas favoritas a ganhar o troféu, mas como todos sabemos o futebol é imprevisível», sustentou Figo, lamentando a ausência do Sporting das provas continentais.
O antigo jogador, formado no clube de Alvalade, considerou que o Sporting «está a sofrer as consequências da época negativa” que protagonizou em 2012/2013, mas espera que «possa regressar o mais rapidamente possível às competições internacionais», pois tem «tradição e valor para estar sempre presente».
«Os resultados têm sido muito positivos e espero que possam continuar a para dar tranquilidade a uma nova direção e que o clube continue a ter este ambiente positivo a volta da equipa. O mais importante é tentar ser regular e chegar ao fim com possibilidade de discutir o título», defendeu.
Figo lembrou que é sócio do Sporting «há muitos anos» e que a sua ausência no Estádio José Alvalade para assistir aos jogos da equipa se devem à sua atividade profissional, advertindo: «Há muita gente que se diz sportinguista e que, se calhar, não tem as quotas em dia. Não sou mais adepto dos que vão, nem menos por não ir».
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