O Benfica pode não chegar ao título, mas esta tarde, no Estádio da Luz, cumpriu a obrigação de ganhar para pressionar o FC Porto. Bateu o Marítimo por 4-1 e obriga os dragões a vencer o Beira-Mar para manter a preciosa vantagem de quatro pontos. Nota de destaque obrigatório para o grande jogo de Nolito.

Os encarnados entraram na Luz determinados a chegar ao primeiro golo e o Marítimo fez o que pôde para conter tal ímpeto. Saviola, Luisão e Cardozo desperdiçaram as primeiras oportunidades, e Peçanha ia salvando os insulares.

Só que aos 15 minutos, o brasileiro nada podia fazer: na ala direita, Maxi Pereira “torceu” Ruben Ferreira, colocou em Aimar e o argentino, com mestria, assistiu Nolito para o primeiro da tarde, com uma finalização irrepreensível de pé esquerdo.

Era justo, mas escasso. Nolito voltou então a entrar em cena aos 19’, em mais uma grande jogada do ataque do Benfica e uma grande assistência de Saviola. Na cara de Peçanha, desta vez, Nolito optou pelo chapéu.

O Benfica sufocava autenticamente o Marítimo, que só a partir dos 25 minutos “teve permissão” para sair do seu meio-campo. Ainda assim, foi pouco o perigo criado junta à baliza de Artur e, até final do primeiro tempo, continuou a ser Peçanha aquele que viveu em maior sobressalto.

À entrada para o segundo, quem estava nas bancadas deve ter pensado se estava a assistir ao mesmo jogo. O Benfica entrou a dormir e o Marítimo, pelo contrário, fez mais nos primeiros cinco minutos da etapa complementar do que em todos os primeiros 45 minutos.

Resultado: Artur evitou os primeiros calafrios, mas Sami marcou mesmo para os madeirenses, num remate enrolado que se anichou no fundo das redes.

O Benfica abanou com o “novo” Marítimo, mas Jorge Jesus teve o condão de saber mexer no jogo, com a entrada de Javi e de Rodrigo. E foi feliz. Na primeira vez que tocou na bola, o avançado hispano-brasileiro fez o 3-1 e descansou as águias: grande cruzamento de Nolito e Rodrigo só teve de encostar, com 65 minutos no cronómetro.

Nolito ainda não estava satisfeito, depois de dois golos e uma assistência, e resolveu novamente dar espetáculo: num passe a rasgar toda a defesa maritimista, deixou Bruno César no frente a frente com Peçanha e o “chuta-chuta” não perdoou, colocando o resultado final em 4-1.

Com este triunfo, o Benfica cimenta a segunda posição, aproveitando o empate do Braga na Mata Real, e coloca-se provisoriamente a um ponto do FC Porto.