João Noronha Lopes reagiu esta noite à ação judicial interposta por Jorge Mattamouros, seu cunhado, que pede a destituição de Luís Filipe Vieira.

O candidato nas últimas eleições do Benfica afirma que não tem mais nenhuma ligação à ação, além da ligação familiar com Mattamouros, acrescentando que não concorda com o rumo tomado.

"O autor da ação judicial noticiada hoje é meu amigo e familiar, mas a minha ligação à referida ação termina aí. Respeito a decisão do autor enquanto benfiquista livre e independente, mas distancio-me sem hesitações do rumo escolhido", lê-se, em nota publicada nas redes sociais.

Noronha Lopes considera que este não é o caminho que considera correto para resolver os problemas do Benfica, dando primazia ao tratamento destes assuntos "dentro de casa, com a participação ativa dos sócios".

A nota termina em tom irónico, com Noronha Lopes a registar a rapidez com que a direção do Benfica reagiu à ação judicial, lamentando que "tal não tenha acontecido durante a última época desportiva em relação a muitos outros temas que justificavam a defesa do superior interesse do clube".

Em causa a notícia do Expresso que dá conta do processo movido pelo advogado sócio do Benfica e residente nos Estados Unidos e que tem como base alegadas violações dos estatutos do clube, supostas irregularidades – fraude no voto eletrónico - nas eleições de outubro de 2020 ganhas por Luís Filipe Vieira, acusado ainda de utilizar o clube para benefício pessoal.

Presidente desde 2003, Luís Filipe Vieira é o dirigente que mais tempo lidera o clube, tendo sido reeleito para um sexto mandado, até 2024, com 62,59% dos votos, enquanto João Noronha Lopes teve 34,71%, no ato eleitoral mais participado de sempre na instituição, com mais de 38 mil votantes.

*Artigo atualizado às 23h24