O Sporting rescindiu “com efeitos imediatos” os protocolos que celebrou em 31 de julho com a Associação Juventude Leonina e com o Diretivo Ultras XXI – Associação, anunciou hoje o clube, devido à “escalada de violência” recente.

De acordo com o jornal Record, as duas claques deixam de ter acesso aos 875 bilhetes pré-pagos que tinham por jogo (cujo pagamento se fazia mensalmente). Em relação às Gameboxes, ambas perdem o direito a desconto - para os grupos organizados de adeptos eram vendidas a 120 euros.

Por outro lado, os apoios existentes nas deslocações e coreografias também devem acabar.

A mesma publicação recorda que o protocolo assinado no passado mês de julho já contemplava uma redução nos benefícios das claques em relação ao anterior. Até então, as claques tinham direito à cedência de 875 convites, 500 bilhetes pré-pagos e uma reserva de 2.000 bilhetes em cada jogo a preço de desconto, que não eram vendidos em bilheteira.

Em comunicado, o Sporting explica que o fim do protocolo com as claques surge “em virtude da escalada de violência que ontem [sábado] culminou com tentativas de agressões físicas a dirigentes e outros adeptos”, durante a vitória no futsal frente ao Leões de Porto Salvo (6-1), no Pavilhão João Rocha.

Outra das razões, segundo o clube, prende-se com o “incumprimento sistemático” destes grupos organizados de adeptos (GOA) da obrigação do cumprimento da Lei, dos estauttuos e regulamentos do clube, patente “nas multas suportadas” pela SAD e clube.

Por fim, o clube realça que cumpriu os protocolos e esperava igual comportamento das claques, que acusa de “faltar sistematicamente no apoio devido aos atletas do Sporting, nomeadamente da equipa principal de futebol”.

Dentro das razões cabem ainda as “ameaças” e outros momentos de violência, contra adeptos, dirigentes ou mesmo atletas, a falta de apoio, a segunda prestação devida da bilhética de 2018/19 e uma série de outras razões.

O Sporting e a SAD decidiram, assim, “terminar, com efeitos imediatos, o protocolo existente com quem violou dolosamente e conscientemente obrigações desse mesmo protocolo”, além dos estatutos e da Lei da República Portuguesa, apontam no comunicado.

O emblema 'leonino' termina pedindo a intervenção do Estado na violência no desporto, algo a que apelam também às “mais altas instâncias do futebol mundial, a UEFA e a FIFA”.