Haris Seferovic esteve ligado ao Benfica de 2017 a 2023, embora tenha passado os dois últimos anos de contrato emprestado a Galatasaray e Celta de Vigo. Aos 32 anos, é jogador do Al Wasl (Emirados Árabes Unidos), mas não esquece o período em que era figura de destaque na Luz.

Em conversa no podcast Final Cut, da Agência Sports Tailors, o avançado suíço começou p+or destacar os três jogadores que mais o impressionaram no clube encarnado.  "Jonas, avançado forte, fazia golos, Rafa e Luisão, era um verdadeiro capitão, alguém que luta pelo clube, começou por dizer, antes de desenvolver a opinião sobre Rafa.

"Rafa é tão especial porque não mostra muita emoção, é algo muito forte nele, marque um golo ou falhe um golo, ele não pensa nisso. Eu, quando falho, fico a pensar ‘como falhei? Por que falhei?’ E bloqueia-me. Rafa é extraordinário, sabe jogar, sabe marcar e é muito rápido. Mas o que mais me interessa em Rafa é não mostrar muita emoção, isso é muito forte. Faz a diferença nele. Quando está a andar bem, está feliz, mas se está a correr mal não o mostra, não mostra o estar, ou não, a marcar", afirmou Seferovic.

Também os novos avançados do Benfica foram tema de conversa. "Arthur Cabral está a ir bem e há ainda aquele novo avançado que chegou do Brasil, Marcos Leonardo, estava sempre a entrar e sempre a marcar", afirmou.

Embora a saída oficial tenha acontecido esta temporada, a última vez que Seferovic representou as águias foi na temporada 2021/22. Esse já é um tema encerrado, mas o avançado não esconde que queria ter contribuído mais. "Poderia ter ajudado o Benfica mais um ano ou dois, mas o jogador tem de aceitar, Pizzi também saiu, não tive problemas quando saí, conversámos, tudo bem", assumiu.

Nem só de bons momentos se fez a passagem pela Luz e Seferovic guarda uma má memória em particular. "Quando atiraram uma pedra ao autocarro, de uma ponte, e atingiram Weigl e Zivkovic, e também quando foram a casa de Pizzi, de Rafa, à Aroeira, onde viviam muitos jogadores".

A fechar, o internacional pela Suíça não quis deixar de abordar aqueles que foram os treinadores mais especiais do percurso no Benfica. "Jorge Jesus é um treinador top, entende muito de futebol, aprendi como o futebol funciona taticamente, todos os jogadores sabem onde estar e joga para ganhar e para marcar. E Bruno Lage é um treinador especial para mim, porque me dava sempre confiança, mesmo quando não marcava, pois sabia a minha qualidade. A forma como a equipa jogava, era um sistema de que eu gostava, foi muito bom treinador para mim. No segundo ano não teve sorte, mas recordo a forma como jogávamos e a confiança que dava à equipa, entrou com 7 pontos de desvantagem para o FC Porto e no final estávamos no Marquês a festejar com ele", concluiu.