Os presidentes dos órgãos sociais do Vitória de Guimarães manifestaram hoje total apoio e solidariedade com a direção do clube depois dos incidentes de terça-feira que «mancharam» a sua imagem e a da cidade.

Os líderes da mesa da Assembleia-Geral, do Conselho Vitoriano, do Conselho Fiscal e do Conselho de Jurisdição do clube minhoto, reuniram hoje depois de, na terça-feira, cerca de três dezenas de adeptos terem invadido o treino da equipa de futebol e acabado por agredir um jogador.

Depois de fazerem rebentar alguns petardos no início do primeiro treino orientado por Rui Vitória, os adeptos contestatários confrontaram os jogadores pelo mau momento da equipa, última classificada da Liga portuguesa e já eliminada da Liga Europa.

A confusão instalou-se e, apesar da tentativa dos responsáveis vitorianos de serenar os ânimos, pelo menos um dos jogadores, Faouzi, foi mesmo agredido.

Os responsáveis vitorianos defenderam a necessidade de «um ambiente de tranquilidade e emocionalmente sadio» para que os jogadores «possam potenciar as suas capacidades e maximizar os seus níveis de produtividade» e notaram que «as recentes manifestações não tiveram outro objetivo que não o de lhes retirar esse ambiente».

«Este será, porventura, um dos maiores desafios que se nos coloca na qualidade de verdadeiros vitorianos na história recente do nosso clube: escolher entre a emoção e a razão», pode ler-se num comunicado divulgado no sítio oficial do clube na Internet.

Perante esse dilema, os órgãos sociais do Vitória afirmam que a sua «opção é pela razão» e manifestam «de forma inequívoca todo o apoio e solidariedade à direção do Vitória de Guimarães e seus profissionais».

Apelaram ainda «todos os vitorianos para que apoiem de forma incondicional aqueles que diariamente servem o clube demarcando-se de forma clara das ações e comportamentos daqueles que não hesitaram em manchar a imagem e prestígio do nosso Vitória e da nossa cidade».