O Paços de Ferreira venceu hoje na receção ao FC Porto, por 1-0, e impôs a segunda derrota consecutiva aos ‘dragões’, em jogo da 29.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol. O 10.º golo do jovem Diogo Joga no campeonato, aos 80 minutos, deu a vitória à formação pacense, que subiu ao sétimo lugar, com os mesmos 39 pontos do Estoril-Praia, que ‘caiu’ para oitavo.

Depois das duras palavras de Pinto da Costa na quinta-feira, onde o presidente do FC Porto anunciara o 'fim da época' da equipa portista e que daqui até à Taça de Portugal os jogadores teriam de mostrar caráter para garantir a continuidade do plantel, esperava-se uma reação enérgica da formação orientada por José Peseiro. Porém, não só o resultado voltou a ser negativo, como o FC Porto voltou a mostrar demasiadas fragilidades, mesmo que o desaire tenha sido um castigo demasiado pesado.

Assim, os dragões apresentaram-se na Mata Real com apenas duas novidades: Varela e Suk nos lugares de Brahimi (suplente) e Aboubakar (não convocado). Do outro lado estava um Paços de Ferreira a viver um momento negativo, bem visível nos quase três meses sem ganhar na Mata Real. Tudo somado, acabou primeiro o jejum pacense, deixando o FC Porto entregue à sexta derrota na Liga.

O equilíbrio foi a nota dominante dos primeiros minutos, com as duas equipas a revelarem pouco profundidade ofensiva. No entanto, a urgência de vencer levou os dragões a assumirem o comando do desafio. Com Herrera a ditar o ritmo da equipa, o FC Porto cresceu e ameaçou o golo. O médio mexicano foi o protagonista em dois momentos distintos do primeiro tempo, 25' e 35', sendo imitado pelo compatriota Corona (26'), mas ambos sem sucesso. Já os pacenses revelavam dificuldades a sair para o ataque e deixaram Casillas como mero espectador durante a maior parte do tempo.

Para a segunda parte, José Peseiro mexeu novamente no ataque, trocando Corona por Brahimi, sendo que o mexicano até parecia estar a ser o melhor na linha da frente. Por sua vez, Jorge Simão também trocou Osei por Paraiba.

Contudo, o que se viu no segundo tempo foi um FC Porto pior. Mais desconexo e ainda menos clarividente, ao passo que o Paços crescia, seguindo a direção do talentoso Diogo Jota.

Apesar de estar já de 'malas feitas' para o At. Madrid, o internacional sub-21 continua a ser o elemento mais brilhante de um Paços que somou hoje a sua segunda vitória nos últimos 12 jogos. Como não poderia deixar de ser, foi pelos pés do jovem natural de Gondomar que se decidiria o encontro. Quando estavam cumpridos 80 minutos, Layun aliviou mal uma bola que foi imediatamente aproveitada pelo Paços. Bruno Santos entrou rapidamente pelo lado direito da grande área e cruzou atrasado para Diogo Jota, que rematou para o golo decisivo, num tiro ainda desviado por um toque de Indi, que assim traiu Casillas.

André Silva, que havia entrado para o lugar de Chidozie, e Suk ainda estiveram perto do golo nos minutos que se seguiram, mas para então estava guardada a inspiração de Defendi, que anulou todas as chances portistas de ainda conseguir o empate.

O FC Porto somou desta forma o sexto desaire na competição, o segundo consecutivo, depois da derrota caseira frente ao 'lanterna vermelha' Tondela, e permanece no terceiro lugar, com 61 pontos, menos 12 do que o líder e bicampeão Benfica e menos 10 do que o Sporting, segundo.