Sporting, FC Porto e Benfica já apresentaram, todos eles, os relatórios relativos ao primeiro semestre das respetivas sociedades anónimas desportivas e os fortes reflexos da pandemia são evidentes, sobretudo devido à ausência do público nos estádios ao longo dos últimos meses. O passivo dos leões é agora de 291,8 milhões de euros, o das águias de 425 milhões e o dos dragões de 497,3 milhões.

Quer isto dizer que, em conjunto, o passivo dos chamados 'três grandes' totaliza 1,2 mil milhões de euros, um aumento de quase 140 milhões em relação ao anterior semestre.

O Sporting apresentou um resultado líquido negativo de 6,9 milhões e euros, face a uma quebra na vendas de jogadores e à ausência da fase de grupos da Liga Europa, tendo verificado uma quebra de 11,4 milhões de euros a nível de receitas, muito por culpa da ausência de receitas de bilheteira.

Ainda assim, no que toca ao passivo os 'leões', que se cifra então agora nos 291,8 milhões de euros, verificou-se uma descida de 6,8 milhões em relação a junho de 2020, fruto da reestruturação financeira que, entre outras medidas, reduziu substancialmente os gastos com pessoal. Porém, os 'leões' viram também o seu ativo descer dos 289 para os 274,4 milhões de euros, mantendo desta forma os capitais próprios 'no vermelho'.

Quanto ao Benfica, que apresentou um resultado líquido positivo de 8,2 milhões de euros, muito graças à venda de Rúben Dias, depois de falhado o acesso à fase de grupos da Liga dos Campeões, viu as suas receitas operacionais descerem cerca de 47,5% face ao período homólogo do ano passado.

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No que toca ao passivo das 'águias', contudo, verificou-se um aumento de quase 100 milhões de euros em relação ao período homólogo. Um aumento, ainda assim, compensado pelo aumento do ativo, que cresceu de 487 para 594 milhões de euros, sendo o único dos três grandes com capitais próprios positivos.

Já o FC Porto, que apresentou um resultado líquido positivo de 34,4 milhões de euros no semestre em causa, graças às receitas provenientes da venda do passe de jogadores (43 milhões de euros) e da Liga dos Campeões (55 milhões), viu ainda assim o seu passivo aumentar em 45 milhões em relação ao período homólogo do ano anterior, fixando-se agora nos 497,3 milhões. Um aumento, ainda assim compensado por uma subida do ativo de 300 para 380 milhões de euros, mas que significa um saldo negativo de quase 120 milhões entre ativo e passivo.