A SAD do FC Porto comunicou hoje que fechou o primeiro semestre da época de 2020/21 com lucros de 34,450 milhões de euros.

Trata-se, desta forma, de um regresso do emblema azul e branco às contas positivas, após o prejuízo a rondar os 55 milhões de euros que havia apresentado no primeiro semestre da temporada transata, 2019/20, e do recorde negativo de 116,1 milhões de euros que registou no final dessa época.

Apesar do impacto negativo da COVID-19 nas contas, que retira da equação qualquer tipo de receitas a nível de bilheteira, face à ausência de público nos estádios, a SAD do FC Porto garantiu lucros significativos graças à venda de jogadores, como Fábio Silva ao Wolverhampton por 40 milhões de euros, aos quais soma ainda as verbas vindas da UEFA, garantidas pela presença e desempenho na Liga dos Campeões onde, relembre-se, os 'dragões' somaram 4 vitórias, 1 empate a apenas 1 derrota, garantindo a passagem aos oitavos de final da prova, onde vão medir forças com a Juventus.

Com essa prestação na Liga dos Campeões, o FC Porto arrecadou quase 56 milhões de euros, contra os 9,4 milhões do primeiro semestre da época passada.

Os direitos de transmissão televisiva também foram reforçados, passando de 18,1 para 22,5 ME, e as rubricas relacionadas com passes de jogadores também tiveram um contributo bastante positivo, na ordem dos 28,185 ME, para as contas da sociedade portista.

O FC Porto destaca ainda, no período em análise, a conquista das duas mais importantes provas do futebol nacional, o campeonato e a Taça de Portugal referentes à temporada 2019/2020, bem como a Supertaça Cândido de Oliveira.

“Os custos operacionais excluindo custos com passes de jogadores crescem neste período, ainda que ligeiramente, devido a um aumento dos custos com o pessoal, uma vez que esta rubrica inclui prémios que pertencem à temporada passada e que penalizaram o resultado em 9,498 ME”, refere o relatório.

A SAD do FC Porto destaca ainda que “o ativo, que se situa nos 380,339 ME em 31 de dezembro de 2020, registou um aumento global de 79,699 ME face a 30 de junho, principalmente devido ao acréscimo dos valores a receber de clientes e do montante que a Sociedade tinha em caixa”.