O novo treinador do Casa Pia, Pedro Moreira, assumiu-se hoje muito ambicioso para a sua primeira experiência como técnico principal na I Liga de futebol, prometendo vitórias e reproduzir o que fez no Torreense, na última época.

“Era um desejo grande. Foi a partir do que trabalhámos e a aposta de jogo que fizemos com o Torreense que nos fizemos notar para ter esta oportunidade. Tenho ambição e um desejo muito grande de conseguir reproduzir o que nos fez chegar a este patamar. Vou transmitir esses valores a esta equipa, para ter os resultados que pretendemos. É um momento de enorme confiança”, afirmou o técnico, em conferência de imprensa.

Pedro Moreira, de 48 anos, foi oficializado na terça-feira como o sucessor do treinador Filipe Martins no cargo, agarrando a equipa na 15.ª posição da I Liga, com 10 pontos, à semelhança do que sucedeu no ano anterior, quando foi contratado a meio da época.

“Entrar a meio da época leva a estes pormenores, em que as equipas não estão numa fase boa e têm problemas em assumir riscos. Queremos ser felizes e chegar longe, não esquecendo a equipa técnica anterior do Filipe e desejar que corra tudo bem com ele. Tenho algum desejo de poder ter um vídeo final como o Filipe teve. Terá a ver com a imagem, dedicação e empenho que deixámos no clube. É isso que prometo”, realçou.

Como treinador principal, Pedro Moreira soma apenas uma experiência no Torreense, na derradeira temporada, durante a qual pegou no clube na sétima jornada, na última posição da II Liga, com quatro pontos, e terminou num confortável nono lugar, com 44.

Antes, integrou como treinador adjunto as equipas técnicas de Paulo Fonseca, estando nos italianos da Roma, nos ucranianos do Shakhtar Donetsk e ainda no Sporting de Braga, Paços de Ferreira e FC Porto, após muitos anos a orientar escalões de formação.

“O que me pediram foi para ganhar. Queremos passar a esta equipa o que já tínhamos feito anteriormente, mas num patamar competitivo com uma visibilidade e exigência diferentes. Vamos empenhar-nos ao máximo para conseguirmos isso da maneira mais rápida possível. É difícil implementar ideias num curto espaço de tempo, mas o que me pediram foi passar ao plantel o que esta direção viu que conseguimos fazer”, salientou.

O conjunto lisboeta era orientado há mais de três temporadas por Filipe Martins, com quem lograram a ascensão à elite do futebol português, 83 anos depois da sua única presença, assente numa filosofia, num estilo e num sistema de jogo bem identificados.

“Como treinador e como adjunto, já joguei em vários sistemas e organizações táticas. Utilizei vários sistemas durante a última época, mas tem muito a ver com as dinâmicas que conseguem ser criadas. O que foi feito no Torreense está muito ligado ao rigor e à organização. São os valores que nos fazem valer como treinadores”, considerou ainda.

Pedro Moreira entende que “houve uma empatia muito grande” com a direção, numa simbiose com um clube que considera “bem estruturado e organizado, com ideias bem montadas para o que pretendem no presente e futuro”, que quer transmitir ao plantel.

“É uma voz e uma cara nova, é um entusiasmo novo. Não é que isso vá produzir já uma alteração de resultados, mas há uma sede muito grande de alguma coisa nova e que a minha mensagem possa chegar rapidamente. Eu estou com esse entusiasmo, mas nós não jogamos. Vou tentar ao máximo que isso se repercute em competição”, ressalvou.

Pedro Moreira chega ao Casa Pia acompanhado pelos adjuntos José Borges e Ricardo Vasconcelos e pelo preparador físico Pedro Barros, que se juntaram a Gonçalo Santos, Nuno Madureira, Fábio Ferreira e João Santos na equipa técnica da formação lisboeta.

O primeiro teste de Pedro Moreira ao serviço do Casa Pia será na visita ao Nacional, da II Liga, em jogo a contar para a quarta eliminatória da Taça de Portugal, no sábado, às 15:00, seguindo-se a receção ao Portimonense, para a 12.ª jornada da I Liga de futebol.