O presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), Pedro Proença, assumiu hoje o acordo robusto para o ‘naming’ da I Liga, entre 2023/24 e 2026/27, na apresentação do contrato com uma casa de apostas.

“É com muito orgulho que apresento este acordo, que é mais um passo para o plano estratégico deste quadriénio da LPFP, sendo o maior acordo para a internacionalização da I Liga”, referiu Proença, assegurando tratar-se do “acordo mais robusto alguma vez firmado pelas competições profissionais em Portugal”.

A I Liga portuguesa vai denominar-se Liga Betclic, depois de duas temporadas com a designação Liga Bwin, empresa com a qual foi estabelecido um acordo que vigorava até 2025/26, depois de a NOS ter abdicado de renovar o patrocínio existente entre 2014 e 2020/21.

“Esta nova parceria é sinal do valor que a I Liga tem. A Bwin, a quem agradeço, cumpriu o seu desiderato, mas esta é a vantagem de acrescentar valor aos parceiros e estas são as regras do mercado a funcionarem, para, agora, termos como parceiro a multinacional Betclic, que é líder de mercado”, vincou o dirigente.

Proença insistiu no cumprimento das regras do “jogo responsável”, mesmo numa altura em que vários países limitam a presença de casas de apostas na publicidade.

“É nesta conjugação de valores que assumimos este acordo, lutando sempre pelo jogo responsável. Esta vai ser uma parceria vencedora e, antes de mais, responsável”, sublinhou.

O ‘naming’ da I Liga foi anunciado na passada quarta-feira, no sorteio da edição 2023/24 da I Liga. Na altura, a Lusa questionou a tutela do Desporto sobre se haveria alguma intenção em regulamentar a presença de casas de apostas desportivas no setor, sem que, até ao momento, o Governo tenha respondido.

Questionado sobre os montantes envolvidos neste contrato de patrocínio, Pedro Proença afirmou que “cumpre todos os propósitos para quatro anos e é um acordo bom para todas as partes”, declarando-se “muitíssimo satisfeito com a evolução dos contratos firmados ao longo dos tempos”.

Sem abordar diretamente os casos da atualidade, como as providências cautelares apresentadas por vários clubes no Tribunal Arbitral do Desporto (TAD), contestando os licenciamentos da LPFP, Proença reconheceu, sem particularizar, que a contratação de jogadores internacionais valorizava a competição nacional.

“A chegada de jogadores internacionais, seja de onde forem e para que clubes vão, é a marca de qualidade da I Liga. É o reconhecimento da nossa marca”, referiu Proença, quando questionado sobre o regresso do extremo argentino Ángel Di Maria ao Benfica.

Ricardo Domingues, responsável pela Betclic, igualmente presente na apresentação, considerou que o acordo resulta da “combinação do potencial da empresa com a competição”, assumindo o “desígnio apoiar o desporto nacional e o futebol, em particular”.