“É fundamental que o mapa desportivo possa cobrir, dentro das possibilidades, todo o território nacional e, exemplos como o Tondela ou Desportivo de Chaves, são, para nós, a evidência de que não são só nos grandes centros que podemos encontrar clubes profissionais”, disse durante a inauguração das obras de requalificação do Estádio Municipal Eng.º Manuel Branco Teixeira, em Chaves.

O Desportivo de Chaves regressa à I Liga portuguesa de futebol 17 anos depois da última presença e estreia-se nesta época 2016/17 na receção ao Tondela, no sábado, em jogo da segunda jornada.

O encontro da primeira jornada, frente ao Nacional, no Funchal, foi adiado para 04 de setembro, às 16:00, devido aos incêndios que afetaram a Madeira.

“Ter o Desportivo de Chaves na I Liga 17 anos depois é para nós uma honra e um privilégio”, considerou Pedro Proença.

O dirigente sustentou que os clubes e os municípios têm-se envolvido na requalificação das infraestruturas desportivas porque têm a “clara perceção” que é fundamental dar condições a jogadores, técnicos, árbitros e espetadores.

“Hoje, o futebol é um espetáculo de conforto e os clubes sabem que não podem estar todos nesta competição porque as exigências são muito elevadas”, frisou.

As obras do estádio, que começaram a 16 de maio, implicaram a renovação total dos balneários, a construção de uma torre para a comunicação social e a reabertura da bancada superior norte, que estava interdita e que é para os visitantes, envolvendo a remodelação das instalações sanitárias, bar, sala de primeiros socorros e colocação de cadeiras.

O estádio tem uma lotação de cerca de 9.000 lugares e o valor da intervenção rondou um milhão de euros.

O presidente da Câmara de Chaves, António Cabeleira, realçou que o emblema ‘azul-grená’ tem agora as condições adequadas para receber dignamente os diferentes clubes da I Liga.

O futebol reveste-se de importância económica e social para o concelho e para a região porque promove o território, entendeu.

Por seu lado, o presidente da direção do clube, Bruno Carvalho, reafirmou o objetivo de enraizar o emblema de Trás-os-Montes no escalão máximo do futebol português.

O dirigente frisou que a população está com o clube, situação demonstrada através da grande afluência à compra de bilhetes.