"Somos um país de futebol, que criou Cristiano Ronaldo e José Mourinho. A Liga Portugal poderá ser uma das melhores ligas de futebol no mundo", disse, num dos painéis do evento dedicado ao futebol, que, em setembro de 2019, se realizou em Oeiras.

O dirigente perspetivou ainda uma época 2020/21 "muito difícil" devido à pandemia de covid-19, que já forçou o adiamento de três jogos previstos para este mês, nos dois campeonatos organizados na Liga de Clubes: o Sporting - Gil Vicente, da I Liga, e o Feirense - Desportivo de Chaves e o Académico de Viseu - Académica, da II Liga.

"A covid-19 está a alterar todas as indústrias e a do futebol também. Agora é tempo de enfrentar os grandes desafios associados a este problema. Só juntos os poderemos resolver", disse, acerca da pandemia que já provocou pelo menos 971.677 mortos e mais de 31,6 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Proença lamentou ainda a impossibilidade da Soccerex regressar a Portugal neste ano, depois de estabelecida uma parceria com a Câmara Municipal de Oeiras para se realizar naquele concelho da Área Metropolitana de Lisboa até 2021, mas mostrou-se convicto de que o país vai receber de novo o evento, para o ano.

"No próximo ano, estaremos todos juntos em Lisboa para discutir as várias questões relacionadas com futebol", disse.

O painel onde participou o presidente da Liga contou ainda com Jake Edwards, presidente da United Soccer League (USL), organização que tutela o segundo, o terceiro e o quarto escalões do futebol masculino norte-americano.

O dirigente inglês, mas radicado nos Estados Unidos, realçou que a USL tem mil milhões de euros disponíveis para a melhoria dos estádios das suas equipas entre 2020 e 2026, ano em que o país acolhe o mundial de futebol, juntamente com o Canadá e o México.

A organização quer ainda promover uma "verdadeira cultura adepta" nas comunidades em que as equipas se inserem e está solidária com as "vítimas de racismo e de opressão", face às tensões sociais vividas no país, após casos como o da morte do afro-americano George Floyd às mãos da polícia da cidade de Minneapolis (estado de Minnesota), em 25 de maio.