Após duas jornadas sem qualquer golo marcado, frente a Portimonense (derrota por 1-0) e Estoril-Praia (0-0), os vimaranenses querem inverter a tendência perante o vizinho recém-promovido ao escalão maior, com o seu ‘timoneiro’ a vincar que é preciso “finalizar bem”, com “naturalidades”, além da criação de oportunidades.

“Foi uma boa semana e temos a confiança no ‘pico’. Os golos irão surgir com naturalidade. Isso vai deixar de ser assunto ‘tabu’. O que vai ser assunto é a qualidade dos golos que vamos fazer. Não conseguimos fazer golos, mas vamos conseguir”, projetou, na conferência de imprensa de antevisão ao desafio marcado para as 20:30, em Guimarães.

Convencido de que seria “natural” o Vitória somar seis pontos e não um, face ao volume ofensivo apresentado nos dois primeiros jogos, o técnico pediu aos seus jogadores para “manterem o foco”, sem “precipitações ou nervosismos”, nem a tentação de olharem para o passado recente, em que os golos faltaram por “incompetência ou infelicidade”.

Desejoso de oferecer aos adeptos vitorianos uma exibição com um “volume ofensivo” que dê “orgulho e gosto”, Pepa avisou que o encontro com a formação treinada por Álvaro Pacheco vai ser um “jogo de forças”, no qual a “equipa mais competente e forte” vai “empurrar a outra para trás”.

Elogioso para com o trajeto do Vizela desde a temporada 2019/20, nomeadamente o “campeonato incrível” da época transata, que valeu o segundo lugar na II Liga e o consequente regresso à elite do futebol nacional 36 anos depois da primeira participação, o treinador vitoriano incentivou os seus jogadores a “viverem e a sentirem” o jogo “como se fosse o último” das carreiras.

Titular nos dois encontros já realizados para o campeonato, o médio André Almeida prolongou o contrato que o liga aos minhotos até junho de 2023, com mais uma época de opção, segundo o anúncio feito pelo clube de Guimarães nesta sexta-feira, mas Pepa recusou que a circunstância, ainda que “boa para o clube”, possa afetar o rendimento do jogador de 21 anos.

“Não tem nada a ver. Estamos a falar de jogadores com uma estrutura mental forte. Mas é bom para o clube e para o jogador. Um profissional tem de ter capacidade de se abstrair dessas situações. Tem treinado sempre muito bem e tido um rendimento bom”, disse.

Questionado sobre os jovens oriundos dos escalões da formação vitoriana com que tem de trabalhar, o responsável assumiu um “gozo especial” por ver cinco desses elementos ajudarem a equipa B a vencer o primeiro jogo na Liga 3, no domingo, frente ao Lusitânia de Lourosa (2-0), e prepararem-se para ficar “à mão de semear” num “futuro próximo”.

O Vitória de Guimarães, 16.º classificado da I Liga, com um ponto, recebe o Vizela, oitavo, com três, em jogo da terceira jornada da I Liga, agendado para as 20:30 de domingo, no Estádio D. Afonso Henriques, em Guimarães, com arbitragem de Hugo Miguel, da Associação de Futebol de Lisboa.